quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Um sonho realizado

Noite feliz, noite feliz... E o som da música invadia todo o ambiente. Léa arrumava sua linda casa para a recepção da noite de natal e de seu aniversário, que por coincidência eram no mesmo dia. À noite a casa estava linda! Léa começou a esperar os convidados, que vinham chegando aos poucos. Uns chegavam, cumprimentavam, comiam alguma coisa e iam embora, outros ficavam mais um pouco. Quando os sinos tocaram meia noite. Léa percebeu que já estava sozinha.
Ela ficou muito triste e sentou-se numa cadeira de balanço. Pensativa, ficou até adormecer e entrou no mundo estranho dos sonhos. Sua casa estava cheia, crianças correndo, outras brigando para poder armar a árvore de natal.
 - Vovó, eu posso ajudar também? - Não, Vinícius, você é muito pequeno, vá ajudar a enrolar os brigadeiros.
 - Lívia, cuidado para não quebrar a bola, querida!
 - Paulinha e Laís venham me ajudar a bater o bolo.
 - Danilde, minha linda, você toma conta de Suyane para vovó?
 - Tomo vovozinha.
 - Thalita, querida, dê um banho em Danila, que a cara dela está cheia de brigadeiro.
 De manhã D. Léa acordou sorrindo. E com muito amor para dar tomou uma decisão muito séria.
 D. Léa tinha muito dinheiro, nunca pensou em se casar, sempre viveu para o trabalho. Não se sentia velha, ao completar 60 anos. Agora ela sentiu que as pessoas precisam muito mais que coisas de luxo. E no dia 26 de dezembro, foi ao orfanato e adotou 8 crianças como seus filhos. Todos achavam um absurdo, que ela estava louca, mas D. Léa sabia que foi a melhor coisa que fez em sua vida.
 - No próximo natal, meus queridos, vocês vão encher essa casa de alegria. Boa noite, meus anjos!
 - Boa noite, mamãe! E as vozes soaram em coro. E Dona Léa foi dormir, com o coração cheio de amor e esperança.
 Telma Costa (Conto publicado no Jornal Sul de Sergipe pelo escritor Carlos Tadeu época em que colaborava com o jornal estanciano no ano de 1998 e também publicado no seu livro “A vida é um tremendo mistério” publicado em 2010.)

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

O Relógio da Vida

"Um dia, porém, também deixam de existir. O coração pára para sempre, os olhos fecham para contemplação de tudo e o cérebro deixa de funcionar. O homem e a mulher, entretanto como artigos pessoais e especiais, sempre serão lembrados pela sua fisionomia, pelo seu sentimento, pelos seus gestos e atitude na memória de muitos; bem diferente, portanto, dos relógios que marcam as horas, mas não assinalam a saudade."Junot Silveira,a Tarde,Salvador,Ba. Do Livro As relações humanas em destaque de Gétúlio Pinto-Editora Nobel. 

NUVEM MARLI

Era uma vez uma nuvem que não gostava de ser nuvem. Vivia pelo céu tocada pelo vento, pra lá... pra cá ... pra lá...pra cá... A nuvem se chamava Marli e vivia reclamando e cantando assim: Sou nuvem ligeira No céu passeando De tanto ser nuvem Já tô enjoando (bis) A nuvenzinha Marli cantava pelo céu, muito zangada porque era uma nuvem e queria ser outra coisa. Um dia ela viu passando um bonito avião e disse: - Já sei, eu quero ser um avião. Começou a se espichar pra todos os lados. . Depois de muita luta, Marli conseguiu se transformar em um avião. Ficou no céu, pra lá... pra cá ... pra lá...pra cá...Marli não era um avião, não voava como um avião, não tinha piloto, não roncava como o avião. Desiludida, ela voltou a cantar assim: Sou nuvem ligeira
No céu passeando De tanto ser nuvem Já tô enjoando (bis) Foi quando ela viu um lindo passarinho voando ao seu redor e decidiu: - Eu agora quero ser um passarinho. E novamente começou se espichar pra todos os lados. Depois de muita luta, Marli conseguiu se transformar em um passarinho que ficava pelo céu pra lá... pra cá ... pra lá...pra cá... Passarinho canta e Marli não conseguia cantar, passarinho voa rápido e ela só ficava pra lá... pra cá... Que chato! Dizia Marli muito zangada, eu não quero ser nuvem. Cantava: Sou nuvem ligeira No céu passeando De tanto ser nuvem Já tô enjoando (bis) Muito zangada com sua vida de nuvem, Marli viu um brilhante foguete rasgando os céus. Que maravilha! – Disse Marli. Eu quero é ser foguete! E recomeçou os seus movimentos .Depois de muita luta, Marli conseguiu se transformar em um foguete que ficava pelo céu pra lá... pra cá ... pra lá...pra cá... Foguete solta fogo, Marli não conseguia soltar, e além disso cadê o piloto? Ela só ficava no céu pra lá... pra cá... Que chato! Dizia Marli muito triste, eu não quero ser nuvem e não consigo ser outra coisa. Sua tristeza foi tão grande que começou a chorar .
Chorou tanto que o lugar que ela estava começou a ficar bem verdinho, nasceu flores, folhinhas e uma relva muito linda! A nuvem Marli olhou aquela transformação admirada, e se perguntou: - Será que foi a minha chuva que fez isso? Para ter certeza, foi chorar em cima de uma árvore que estava muito feia e seca. Chorou durante algum tempo e eis que a árvore se transformou em um lindo pé com frutos, flores, folhas verdes. Marli descobriu que podia ser útil, que ser nuvem tinha suas vantagens e que se não fosse ela, as plantas morreriam. Descobriu que Deus tinha um trabalho pra ela e que ela era especial e unica. A partir de então ela ficou muito feliz bailando no céu pra lá... pra cá ... pra lá...pra cá... FIM

domingo, 4 de dezembro de 2011

Hospital do Senhor

Fui ao hospital do Senhor para fazer um check-up de rotina e constatei que estava doente. Quando Jesus mediu minha pressão, verificou que estava baixa de ternura. Ao tirar a temperatura, o termômetro registrou 40 graus de egoísmo. Fiz um eletrocardiograma e diagnosticaram que necessitava de uma ponte de amor, pois minhas artérias estavam bloqueadas por não abastecerem meu coração vazio. Ortopedicamente tinha dificuldade para andar lado a lado e por não conseguir abraçar irmãos por ter fraturado o braço; ao tropeçar na vaidade, tinha miopia, constatada por não enxergar além das aparências. Queixei-me de não poder ouvi-lo. Então, Ele diagnosticou: bloqueio, em decorrência das palavras vazias ditas no dia a dia. Obrigado Senhor, por não ter custado nada a consulta, por sua grande misericórdia. Prometo, após ser medicado e receber alta do hospital, somente usar homeopatia, que são os remédios que me indicou e estão no receituário do Evangelho de Jesus Cristo. Vou tomar ao me levantar, chá de obrigado Senhor, ao entrar no trabalho, um suco de bom dia irmão, de hora em hora, um comprimido de paciência com meio copo de humildade e, ao deitar, duas cápsulas de consciência tranqüila. Assim, tenho certeza, que não ficarei doente e, que todos os dias serão de Natal. Prometo prolongar este tratamento preventivo por toda a minha vida, para que quando me chamar a morte, seja natural. Obrigado Senhor, e, perdoe-me por ter tomado o seu tempo.
 Anônimo

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Simpósio Internacional de Contadores de Histórias



Rio de Janeiro –novembro de 2011

Amei participar de um evento exclusivamente dedicado a arte de contar histórias que enriqueceu bastante a todos os sergipanos que estiveram presentes (Grupo Hannah,Prosarte,Os Trupicando e nossas amigas Cris e Mônica).
Foi uma honra participar das palestras, oficinas e a maratona de contação (24 Horas) ininterrupta com contadores estrangeiros e os melhores do Brasil.
Deixo o registro desse belo momento de aprendizado, energia positiva, amor a arte e a literatura.






quarta-feira, 2 de novembro de 2011

O palhaço da vida e o sorriso da morte

Sorri de você
Sorri com você
Sorri com o tempo da gente
Sorri de nos dois dividindo o mesmo espaço
Conhecendo outros sorrisos
Sorriso de esperança
Sorriso de medo
Sorriso de fé
Podíamos montar o circo do sorriso
Seriamos os palhaços da vida
Da vida com risco
Vida sem risco
Vida com futuro
Vida sem sombras do amanhã
Montamos o palco
Ligamos o rádio
Cantamos uma canção
Canção embriagada de fé e esperança
De repente o rádio silencia
O rádio pifou
Troquem as pilhas-alguém gritou
Nada adiantou
O radio quebrou
No mesmo instante a luz do palco se apaga
Todos os sorrisos se escondem
Sinto o desespero da solidão
Uma vela ascende
Sinto calafrio
Vejo você calada
Você odalisca da minha vida
Seu rosto coberto por um véu negro
Arranco o véu da escuridão
Você nua, sem disfarce
Você agora é real
Você é a dama da morte
Que sem pedir licença
Carrega o meu sorriso
Sorriso amarelado de medo
Que parte sem tempo
De despedir-se dos sorrisos amigos

Telma Costa
Poesia inspirada no meu irmão, falecido em 5 de dezembro de 2009, classificada no 28º Concurso de Poesia Falada de Estância(Maio de 2010).

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Envelhecer

No dia 1 de novembro de 2010 véspera do meu aniversário, estava no quintal da casa de Estância com meu pai, quando ele perguntou:
- Que dia é hoje?
- 1 de novembro, amanhã é 2, dia de finado e meu aniversário!
- Quantos anos você completa?
-45 anos, estou perto da 3ª idade!
- O que é isso?
Respondo:
- Entrando na velhice, depois dos 50 anos a gente entra na 3ª idade. Com quantos anos o senhor acha que a pessoa envelhece?
Sabiamente ele responde:
- Quando a gente deixa de sonhar e fazer as coisas que gosta...

domingo, 23 de outubro de 2011

Oficina “Quem tem Medo do Bicho-Papão?”

No dia 19 de outubro foi realizada no Cemarh (Centro de Aperfeiçoamento em Recursos Humanos) a oficina “Quem tem Medo do Bicho-Papão?”, que teve como objetivo debater com os professores da rede municipal de ensino a temática do medo na fase infantil. O livro “Tião e o Bicho-Papão”, de minha autoria, serviu para contextualizar a respeito do tema que é universal, visto que o medo faz parte da realidade de todas as crianças e dos adultos também. A oficina foi ministrada pela pedagoga e contadora de história Fátima Beatriz,com toda a equipe do grupo Hannah e eu como autora do livro e contadora de histórias. O resultado foi surpreendente, pois os professores externaram seus medos através dos depoimentos e das dinâmicas aplicadas. Contamos varias histórias envolvendo o tema: O sapo com medo d’água, Big Loura, Eu caio, O Campo Santo, Tião e o Bicho-papão e outras. Enfim, concordamos que através das histórias podemos comover e estimular a criança a liberar seus medos, mostrando que ele existe, mas deve ser enfrentado, só é ter coragem e criatividade como Tião para afugentar os bichos-papões. Todos os professores que participaram da oficina receberam o livro para aplicarem a temática com os seus alunos. Esperamos que tenhamos contribuído de maneira positiva e desejamos-lhes sucesso e que continuem contando e encantando seus alunos com histórias que ensinam e divertem.




segunda-feira, 26 de setembro de 2011

CONCURSO DE DESENHO “SUPER PINGO”

Prefeitura Municipal de Aracaju
Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Esportes.
Biblioteca Pública Municipal Clodomir Silva


CONCURSO DE DESENHO “SUPER PINGO”

A autora Sergipana Telma Costa (Autora de oito livros infantis e do cd “história não tem hora”), está com mais um livro pronto para o lançamento, e você pode fazer parte desta história.O livro intitulado “Super Pingo”, poderá contar com um desenho de sua autoria na parte interna do livro.A autora juntamente com a Biblioteca Pública Municipal Clodomir Silva, lança o concurso de Desenho “Super Pingo”.
REGULAMENTO

Este concurso tem como objetivo estimular o jovem a demonstrar sua criatividade e incentivar o valor da leitura como processo de transformação para o seu desenvolvimento.

1- Será apresentado aos inscritos a História do Super Pingo que inspirará o desenho que fará parte do novo livro da escritora;
2- O desenho tem que ser de acordo com a história contada;
3- O desenho tem que ser em preto e branco e também pode ser usadas técnicas de xilogravura.
4- Os inscritos terão que respeitar as datas estipuladas para o concurso
PARTICIPAÇÃO

Poderão participar do Concurso de Desenho “Super Pingo” crianças e adolescentes de 10 a 16 anos, devidamente inscritas no concurso. O limite máximo de concorrentes será de 40 inscritos, computados por ordem de inscrição.

INSCRIÇÃO

Para realização das inscrições faz-se necessário o preenchimento da ficha de inscrição; apresentação de documento de identificação oficial (certidão de nascimento ou identidade e assinatura do responsável).
Horário: Das 08:00 às 12:00 e 14:00 às 17:00 h.
Local: Secretaria ou setor Infanto Juvenil da Biblioteca Pública Municipal Clodomir Silva, Situada à Rua Santa Catarina, 314 bairro:Siqueira Campos.

Período de inscrições: 26 a 30 de Setembro
Contação da história do “Super Pingo” com participação da autora Telma Costa: 04 de Outubro (a não participação dos inscritos nesta data implica em eliminação do concurso
Entrega dos Desenhos: 07 de Outubro.
Lançamento do Livro: 25 de Outubro às 18:30 h

JULGAMENTO

A autora selecionará o melhor desenho levando em consideração os critérios de: Originalidade e criatividade.


PREMIAÇÃO
O vencedor do concurso receberá como premiação:
• 10 livros de presente como incentivo ao seu talento;
• A quantia de R$ 50,00 (Cinqüenta reais)
• E um curso de Desenho da Casa da Arte Eldorado

DISPOSIÇÕES GERAIS

O resultado do concurso será divulgado no blog da biblioteca e o vencedor participará do evento de lançamento do livro, onde receberá a premiação. O ilustrador deverá autorizar a imagem do desenho para ser usado no livro de Telma Costa “Super Pingo”.O vencedor do concurso receberá a premiação no dia do lançamento do livro da autora.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Frases interessantes que já vi nos vidros dos carros:

Frases interessantes que já vi nos vidros dos carros:

Eu sonho, meu pai realiza!
(Pensei: qual pai? Se for Deus o “p” tinha que ser maiúsculo, e se for o pai biológico, sorte dele, nem todos têm pai rico para realizar sonhos.)

Eu sou abençoado!
(E quem não tem carro?)
Até que gosto de andar a pé, fico mais magra, e de ônibus, ouço histórias bem interessantes e só reclamo no horário de pique. Bom, também me sinto abençoada!

Este foi presente de Deus
(Pensei: Será que a igreja que ele frequenta fez o sorteio do carro? Quase que parei para perguntar o endereço. Fiquei com vergonha.)

Este é de Jesus
Imagino a cena de uma blitz: “Por favor senhor(a) a carteira de motorista”????

Na nossa cidade onde se ver exibição de carros novos e semi novos, amei a frase que vi no fusquinha:
Não me inveje, trabalhe!
(Quem já leu frases interessantes em carros, que achou engraçada ou questionadora, por favor, divulgue no blog).

Abraços

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

A FLOR DA HONESTIDADE

Para o mês das flores uma bela história para contar e encantar!

Conta-se que por volta do ano 250 a.c, na China antiga, um príncipe da regiao norte do país, estava as vésperas de ser coroado imperador, mas, de acordo com a lei, ele deveria se casar.

Sabendo disso, ele resolveu fazer uma "disputa" entre as moças da corte ou quem quer que se achasse digna de sua proposta. No dia seguinte, o príncipe anunciou que receberia, numa celebraçao especial, todas as pretendentes e lançaria um desafio.

Uma velha senhora, serva do palácio ha muitos anos,ouvindo os comentários sobre os preparativos, sentiu uma leve tristeza, pois sabia que sua jovem filha nutria um sentimento de profundo amor pelo príncipe.

Ao chegar em casa e relatar o fato a jovem, espantou- se ao saber que ela pretendia ir a celebraçao, e indagou incrédula:

- Minha filha, o que você fará lá? Estarao presentes todas as mais belas e ricas moças da corte. Tire esta idéia insensata da cabeça, eu sei que você deve estar sofrendo, mas nao torne o sofrimento uma loucura.

E a filha respondeu:

- Nao, querida mae, nao estou sofrendo e muito menos louca, eu sei que jamais poderei ser a escolhida, mas é minha oportunidade de ficar pelo menos alguns momentos perto do príncipe, isto já me torna feliz.

A noite, a jovem chegou ao palácio. La estavam, de fato, todas as mais belas mocas, com as mais belas roupas, com as mais belas jóias e com as mais determinadas intençoes. Entao, finalmente, o príncipe anunciou o desafio:

- Darei a cada uma de vocês, uma semente. Aquela que, dentro de seis meses, me trouxer a mais bela flor, será escolhida minha esposa e futura imperatriz da China.

A proposta do príncipe nao fugiu as profundas tradiçoes daquele povo, que valorizava muito a especialidade de "cultivar" algo, sejam costumes, amizades, relacionamentos etc...

O tempo passou e a doce jovem, como nao tinha muita habilidade nas artes da jardinagem, cuidava com muita paciência e ternura a sua semente, pois sabia que se a beleza da flor surgisse na mesma extensao de seu amor, ela não precisava se preocupar com o resultado. Passaram-se três meses e nada surgiu. A jovem tudo tentara, usara de todos os métodos que conhecia, mas nada havia nascido. Dia após dia ela percebia cada vez mais longe o seu sonho, mas cada vez mais profundo o seu amor.

Por fim, os seis meses haviam passado e nada havia brotado. Consciente do seu esforço e dedicaçao a moça comunicou a sua mae que, independente das circunstâncias retornaria ao palácio, na data e hora combinadas, pois não pretendia nada alem de mais alguns momentos na companhia do príncipe.

Na hora marcada estava lá, com seu vaso vazio, bem como todas as outras pretendentes, cada uma com uma flor mais bela do que a outra, das mais variadas formas e cores. Ela estava admirada, nunca havia presenciado tao bela cena.

Finalmente chega o momento esperado o príncipe observa cada uma das pretendentes com muito cuidado e atençao.

Após passar por todas, uma a uma, ele anuncia o resultado e indica a bela jovem como sua futura esposa.

As pessoas presentes tiveram as mais inesperadas reaçoes. Ninguém compreendeu porque ele havia escolhido justamente aquela que nada havia cultivado.

Entao, calmamente o príncipe esclareceu:

- Esta foi a única que cultivou a flor que a tornou digna de se tornar uma imperatriz. A flor da honestidade, pois todas as sementes que entreguei eram estéreis.

A honestidade é como uma flor tecida em fios de luz, que ilumina quem a cultiva e espalha claridade ao redor.

Autor desconhecido
http://contoselendas.blogspot.com/2004/10/flor-da-honestidade.html

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Mês de Agosto


Mês de agosto
Comemora-se:

Dia do Estudante

Dia do Folclore

Dia do Soldado

Dia do Selo

Dia dos pais

Dia Nacional de combate ao Fumo

E ontem 30 de Agosto foi um dia de emoção no Cantinho Cultural dos Correios com a apresentação do Coral da APAE (Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais) e do relançamento do meu oitavo título “Tião e o bicho-papão”.

Agradeço a Ginaldo (Assessor de Comunicação dos Correios) pela oportunidade aos convidados que prestigiaram com grande entusiasmo e a APAE que tornou o DIA mais que especial! ABENÇOADO!

E assim finda o mês de agosto!




quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Deus escolhe as mães


                                     Deus escolhe as mães

Tente imaginar Deus pairando sobre a Terra e selecionando as mães com grande cuidado. Ele instrui seus anjos a tomarem nota sobre quem terá um filho, uma filha, gêmeos, seus anjos protetores... Finalmente ele passa um nome e sorri: “Dê a ela um filho cego.”

O anjo: “Por que, Senhor? Ela é tão feliz.”

“Exatamente”, diz Deus. “Como poderia dar uma criança com deficiência a uma mãe que não soubesse rir? Seria uma crueldade.”

“Mas ela tem paciência?”, pergunta o anjo.

“É justamente o que ela vai aprender a desenvolver. Quando o choque e o ressentimento passarem, ela saberá cuidar da situação.”

“Mas ela nem acredita na Sua existência.”

Deus sorri. “Dou um jeito nisso. Ela é perfeita. Tem certa dose de egoísmo.”

O anjo se surpreende: “Isso é uma virtude?”

Deus confirma: “Se ela não conseguir se separar da criança de vez em quando, para tratar de si mesma, não vai sobreviver. Sim, aqui está uma mulher a quem abençoarei com um filho imperfeito. Ela vai levar tempo para descobrir as bênçãos que isso lhe trará. Mas, aos poucos, deixará de achar – como a maioria – que os progressos e as conquistas são comuns e passará a valorizá-los. Ela vibrará a cada pequeno passo à frente.


Quando precisar descrever o pôr-do-sol ao seu filho cego, ela o verá como poucas criaturas vêem as minhas criações. E os perfumes da natureza a inebriarão quando ela perceber a importância que têm para seu filho.” “Vou permitir a ela ver as coisas que vejo – ignorância, crueldade, preconceito – e dar oportunidade para que as supere. Não só estarei a seu lado cada minuto, como me manifestarei em cada gesto de coragem e amor que ela tiver.”
E qual será seu anjo protetor?” perguntou o anjo, a caneta suspensa no ar.

Deus sorri. “Um espelho bastará.”

Para Saber Mais: esta história faz parte do livro Histórias para Aquecer o Coração 2 – 50 Histórias de Vida, Amor e Sabedoria, de Jack Canfield e Mark Victor Hansen (Editora Sextante). Os autores foram buscar, entre milhares de relatos reais, histórias comoventes de superação que tem a vida e da força com que nos impele a enfrentar desafios e dificuldades.

Fonte:http://www.motivaonline.com.br/artigo/48012-deus-escolhe-as-maes.html




sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Adoro fazer anotações


Nas palestras que frequento, adoro fazer anotações.
Tem algumas que vale à pena compartilhar:

Fórum Brasil Criativo:
O que é sucesso?
Aos 4 anos- Não usar fraldas
10 anos - Ter amigos
20 anos - Fazer sexo
40 anos - Ter dinheiro
60 anos - Fazer sexo
80 anos- Não usar fraldas
Fracasso:
Só existem três possíveis fracassos na vida:
1º Não tentar (exigir a perfeição por medo de criticas)
2º Não perseverar (desistir na 1ª dificuldade)
3º Não aprender com erros cometidos
Mensagem:
“Caminhante, não existe caminho.
Faz-se caminho ao caminhar”
Antônio Machado (poeta espanhol)

Palestra de Nelma Penteado- Teatro Tobias Barreto
Mulher palco- a que vai em busca
Mulher platéia- a que espera
Mulher diamante- ela faz, ela acontece
A mulher diamante pensa.
A beleza está no poder da essência.
Pensar melhor para ter uma vida melhor.
Mandamentos da palavra amor
A- Alegria, alto- astral. Seja alegra, enxergue sua vida, seu emprego com alegria.
A- Atitude. Sem atitude você não vai a lugar nenhum
A- Autoestima. Se você não se achar maravilhosa, quem vai te achar?
M- Mudança. Tudo que você precisa para ser feliz é mudar.
M-Movimento. Seja uma pessoa que distribui carinho.
O - Orgasmo. Prazer pela vida. Se não tiver gostando do emprego, mude de trabalho.
O- Organização. Organize sua vida. A corrida pelo ouro é importante, mas não podemos esquecer o principal.
R- Recreação. Não mate a criança que existe em você, não deixem que acabem com sua alegria.
Se você se tratar como um diamante, será tratada como diamante.
Seja um diamante!
Ame-se, goste-se, valorize-se mesmo!

Adolescência e seus amigos-Rede Sergipana de amigos da paz
O importante é ensinar os nossos filhos a ter discernimento para que eles tenham respeito pelo próximo.
Nessa fase eles descobrem o que é verdade e é mentira e chegam a conclusão que os pais mentem, abandonam.
O adolescente não está interessando em fazer a coisa certa, está interessado em fazer a dele.
É um momento de idealismo. É um bom momento para ensinar a cidadania, não só falando, mas fazendo.
Deixe o adolescente ser adolescente.


sábado, 23 de julho de 2011

Uma famosa Barata

Estava passeando com minha família, quando meu esposo encontra com as primas. Entre beijos e abraços, minha filha, que estava ao meu lado, falou bem baixinho:

- Ba-ra-ta

Minha sobrinha respondeu:

- Barata, onde? (Espanto!)

- Ba-raaataaa- minha filha entre os dentes.

- Comentei: Thalita é roupa barata!

- Vocês são bobas, não assistem jornal não? Falou minha filha

- Tá doida é? -Respondi

- Deixe pra lá - falou minha filha irritada, e saiu da loja.

Minutos depois:

- Paiinho quem são aquelas? (Afobada)

- São minhas primas.

- Paiinho, umas das meninas é Larissa Barata, a ginasta.

- Ah! É mesmo? Disseram-me que a minha prima tem uma filha que está famosa.

Hilário! Foi aí que eu e minha sobrinha descobrimos o sentido da BARATA. Rimos bastante.

Telma Costa/2006


Sobre a famosa Barata:
Nome completo: Larissa Maia Barata

Principais conquistas: hexacampeã brasileira (1998,99,2000,2001,2002),campeã da Copa Quatro continentes (2001)

Larissa completou a equipe brasileira na coreografia de arco/bola. Nascida em Salvador (BA), ela cresceu em Aracaju (SE), onde conheceu a ginástica rítmica durante uma demonstração da modalidade no colégio.

Passou a integrar a seleção brasileira somente em 2003 e tem no currículo seis títulos brasileiros como infantil (1998 a 2002) e um já como adulto (2002).

Fonte: http://esporte.uol.com.br/olimpiadas/brasileiros/ginasticaritmica/lar. jhtmfácil.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

‘A Maravilhosa História de Tia Ruth’





Lançamento do livro de G.Aguiar em homenagem a maravilhosa Tia Ruth- foi tudo lindo e emocionante!

Ruth Wynne Cardoso, conhecida como tia Ruth, nasceu em Aracaju, no dia 15 de agosto de 1929. Espiritualista convicta, aos cinqüenta anos começou sua trajetória de amor e solidariedade juntamente com 17 amigos visitando pacientes portadores de câncer, servindo lanche no hospital; conseguindo medicação alimentar, roupas, passagens e abrigando em sua própria casa os pacientes e acompanhantes.

As comemorações pelos 24 anos da Associação dos Voluntários a Serviço da Oncologia em Sergipe (Avosos) foi marcada por uma grande homenagem à fundadora e atual presidente da entidade, ‘Tia Ruth’, com o lançamento do livro ‘A Maravilhosa História de Tia Ruth’, da escritora infantil Geane Aguiar.

A obra é uma iniciativa do Serviço Social do Comércio (Sesc) em Sergipe, através da diretora regional Excelsa Machado. O lançamento ocorreu no dia 14 deste mês, na sede da Avosos.

sábado, 16 de julho de 2011

Pedido de uma criança a seus pais

Para reflexão...

"Não tenham medo de serem firmes comigo. Prefiro assim, isto faz com que me sinta mais seguro. Não me estraguem. Sei que não devo ter tudo que quero. Só estou experimentando vocês.
Não deixem que eu adquira maus hábitos.
Não me protejam das conseqüências de meus erros.
Não levem muito a sério minhas pequenas dores, necessito delas para obter a atenção que desejo.
Não sejam irritantes ao me corrigirem, se assim fizerem poderei fazer o contrário que me pedem.
Não me façam promessas que não podem cumprir depois, lembrem-se que isso me fará profundamente desapontado.
Não ponham a prova minha honestidade, sou facilmente tentado a dizer mentiras.
Não me mostrem um Deus carrancudo e vingativo, isto me afastará dele.
Não desconversem quando faço perguntas, senão, eu procurarei nas ruas as respostas que não obtive em casa.
Não se mostrem para mim como pessoas perfeitas e infalíveis, ficarei extremamente chocado quando descobrir algum erro de vocês.
Não digam que meus temores são bobos, mas sim, ajudem-me a compreendê-los.
Não digam que não conseguem me controlar, eu julgarei que sou mais forte que vocês.
Não me tratem como uma pessoa sem personalidade, lembrem-se que tenho meu próprio modo de ser.
Não vivam me apontando os defeitos das pessoas que me cercam, isto criará em mim um espírito intolerante.
Não se esqueçam que gosto de experimentar as coisas por mim mesmo, não queiram me ensinar tudo.
Não desistam de ensinar o bem, mesmo que eu pareça não estar aprendendo.
No futuro verão em mim o fruto que plantaram."
Autoria desconhecida

sábado, 9 de julho de 2011

Tudo o que me falta eu doo para você

Eu tenho:
Amor
Carinho
Aconchego
Cumplicidade
Parceria
Afeto
Amizade

Falta-me
Uma casa
Uma TV LCD
Um carro
Casa de praia
Uma lancha
Dinheiro no banco
Um computador
Eu tenho

Uma casa
Uma TV LCD
Um carro
Casa de praia
Uma lancha
Dinheiro no banco
Um computador

Falta-me
Amor
Carinho
Aconchego
Cumplicidade
Parceria
Afeto
Amizade

Inspirado no meu irmão Lico(falecido) que prometia tudo que não tinha para todo mundo(caso ganhasse na loteria), e o melhor da história é que todo mundo acreditava e gostava do seu ato de doação.

Deve-se doar com a alma livre, simples, apenas por amor, espontaneamente!
Martinho Lutero

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Tudo ficou no passado

Recentemente conversando com meu filho (16) e meu sobrinho (16) sobre paqueras, o primeiro amor, a questão do “ficar”, dirigir a palavra a meu pai (83) que estava atento ao nosso diálogo.
Comecei a questionar sobre seu passado, a fase da adolescência, seu primeiro amor.
Meu pai foi abrindo seu coração:
-Com quantos anos o senhor se apaixonou pela primeira vez?
- 16
- E a garota?
- 13
- O senhor se declarou pra ela?
- Não, não tive coragem.
- O senhor era tímido?
- Muito, demais.
- Foi uma pena meu pai, como o senhor se sente hoje?
- Nada, não sinto nada, ficou tudo no passado.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

CONFIANÇA

“Eu sei que em minha irmã posso confiar até a morte. Confio mesmo, sei que ela nunca vai me abandonar”.

Tomei conhecimento desta frase quando meu irmão estava em coma, devido ao processo da terceira cirurgia cardíaca.

Pessoas que dividiram o quarto com ele no Hospital Cirurgia me consolaram durante sua partida da vida e revelou-me o quanto ele confiava em mim.

“Ela, eu sei que nunca vai me abandonar”. Eu não sabia desse sentimento que inspirava em meu irmão.

Em quantas pessoas nós podemos depositar nossa total confiança?

A palavra confiança segundo o dicionário Houaiss significa: fé, segurança, otimismo.

Na vida sempre estamos confiando:

Confiando no dia de amanhã.

Confiando nos estudos que garante o futuro.

Confiando no médico.

Confiando no político.

Confiando nos pais.

No cachorro de estimação que nunca vai nos atacar.

Confiando no amigo.

Confiando no marido.

Confiando no filho.

A lista é imensa...

Descobri que a confiança em algo ou alguém é igual à esperança.

Esperança de acordo com o Houaiss é o sentimento de algo em que se deseja é possível.

Infelizmente no mundo individualista em que vivemos é difícil depositarmos total confiança em alguém ou algo. Eu, o oposto do meu irmão, não tenho alguém que posso dizer com tanta convicção que confio que vai está do meu lado até a morte.

Por isso após um ano e seis meses da sua morte agradeço a Deus que meu irmão confiou em mim e eu sem saber conseguir ser fiel a sua ação de esperar o melhor da vida: alguém em que confiar até a morte.

Quanto a mim e uma boa parte da humanidade o melhor mesmo é depositamos nossa fé e esperança em Deus "os que esperam no Senhor, adquirirão sempre novas forças, tomarão asas como de águia, correrão e não fatigarão, andarão e não desfalecerão."
 Isaias 40:31.




Mas, no íntimo, eu gostaria de confiar nos filhos de Deus me aconchegando e segurando minha mão na minha última despedida.

sábado, 2 de julho de 2011

ESTIGMA

Prostituta

Pedófilo

Ladrão

Traidor

Mentiroso

Corrupto

Cachaceiro

Assassino

Drogado

Adúltero...

“Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convém,todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam”.I Coríntios 10 -23

“E a luz resplandece nas trevas,e as trevas não compreenderam”. 
S. João 1-6

“Admoesto-te pois antes de tudo, que se façam depreciações, orações, interseções, e ações de graças por todos os homens;” I A Timóteo 2-1

“...Vai- te, e não peques mais”. S. João 8-12

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Dinâmica dos pares

Dinâmica dos pares
Para descontração e integração


1-Eu sou um relógio sem ponteiros

1-Eu sou os ponteiros do seu relógio

2-Eu sou uma mão sem dedos

2-Eu sou os dedos da sua mão

3-Eu sou uma noite sem estrelas

3-Eu sou as estrelas da sua noite

4-Eu sou um corpo sem calor

4-Eu sou o calor do seu corpo

5-Eu sou um dia sem alegria

5-Eu sou a alegria do seu dia

6-Eu sou um jardim sem flores

6-Eu sou as fores do seu jardim

7-Eu sou um natal sem peru

7-Eu sou o peru do seu natal

8-Eu sou um pé sem sapatos

8-Eu sou o sapato do seu pé

9-Eu sou uma orelha sem brincos

9-Eu sou o brinco da sua orelha

10-Eu sou uma caneta sem tinta

10-Eu sou a tinta da sua caneta

11-Eu sou um carro sem gasolina

11-Eu sou a gasolina do seu carro

12-Eu sou uma flor sem perfume

12-Eu sou o perfume da sua flor

13-Eu sou uma comida sem gosto

13-Eu sou o gosto da sua comida

14-Eu sou uma mala sem alça

14-Eu sou a alça da sua mala

15-Eu sou um aquário sem peixe

15-Eu sou o peixe do seu aquário

16-Eu sou um dedo sem unha

16-Eu sou a unha do eu dedo

17-Eu sou um olho sem brilho

17-Eu sou um brilho do seu olho


Proposta da atividade: Fazer com que o grupo se conheça de modo divertido.

Material: Pedaço de papel em branco, caneta, saco plástico.

ORGANIZAÇÃO: Escreva as frases; recorte-ás e as coloque dentro de um saco plástico para serem sorteadas; cada pessoa identifica seu par de acordo com a frase lida.

Depois da 1ª etapa formam-se os pares para a dinâmica da apresentação onde cada integrante entrevista seu par perguntando nome e alguma outra informação que o coordenador da dinâmica achar interessante para o momento.Depois cada um apresenta seu par, facilitando dessa maneira a integração do grupo.

Esta dinâmica é bastante interessante para encontro de casais, onde cada um pode externar a importância do companheiro na sua vida.

Se o grupo for maior podem ser criadas outras frases que dê a idéia de complemento.

Boa sorte!

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Vítimas ou culpados?


Conversando sobre a onda de violência que assola o nosso estado e todo o país, eu e minha amiga divergimos opiniões.

O papo surgiu a parti do noticiário sobre o arrastão que houve do Mercado central até o calçadão no termino de uma comemoração junina. Comentei que tinha pena dos jovens infratores, pois eram vitimas do descaso da sociedade e da falta de amor.

Ela discordou e usou citações bíblicas a respeito do livre arbítrio sobre o bem e o mal.

No momento concordei com a sua experiência e sabedoria a respeito do conhecimento bíblico. Chegando a minha casa entrei em estado de reflexão:

Eles são vitimas ou culpados?A quem cabe o lado da moeda?

E comecei a pensar no caso da casa de meu pai, que foi abandonada por causa da violência.

Meus pais foram vitimas de vários assaltos, tentativa de seqüestro, violência física e cárcere privado. A última visita dos “ilustres intrusos ”foi há três anos, onde meu pai aos 80 anos recebeu um golpe no estomago e seu amigo a angústia de ter uma faca no pescoço, sobre a ameaça de ter que arranjar uns míseros trocados.

Felizmente não houve a fatalidade da morte, eles foram embora sobre a ameaça de voltarem para pegar o que lhes pertencia.



No dia seguinte meio ao tumulto do acontecido alguém me chama e fala: -Tire seu pai daqui, eles vão voltar e se não tiver dinheiro, eles vão matar.
Perguntei como ela sabia desse assunto. Ela responde que era tudo por causa do inferno das drogas, só para o vicio da droga, e que seu enteado era uns dos que estavam envolvidos. Depois me pediu segredo, pois eles poderiam matá-la.
Tirei meu pai da sua casa, contra sua vontade e guardei o silêncio da denuncia.
Ainda continuo tendo pena de quem comete atrocidades, acredito que são vitimas da falta da educação familiar, escolar e social.

E os culpados?

Vejo a destruição da casa de meu pai e penso que se tivéssemos seriedade política, preocupação com a segurança pública e a educação social, aí sim seria mais fácil apontar quem seriam as vítimas e os culpados.

Por enquanto só posso registrar meu sentimento de angústia, tristeza e impotência ao ver a casa que meu pai sonhou,projetou e construiu com o suor do seu trabalho, destruída e abandonada ao léu.


segunda-feira, 20 de junho de 2011

A arte de contar histórias no ambiente hospitalar

A arte de contar histórias sendo uma arte milenar, fazendo parte da natureza humana, surge no contexto hospitalar como alimento para alma, possibilitando que a criança ative suas capacidades promovendo equilíbrio na construção de novos conhecimentos, ativando o imaginário para despertar emoções positivas que ajudarão a superar a dor.


Geralmente os contos são utilizados como recurso pedagógico para incentivar o gosto pela leitura, mas é importante ressaltar que eles tem o papel fundamental de suscitar o imaginário, transmitir alegria e mensagens reflexivas.

Para Matos e Sorsy a função do conto é estabelecer e espalhar emoções,bater o coração criando empatia para quem o recebe.

A arte de contar historia servirá como catarse, aliviando as tensões, o medo e a dor que envolve o ambiente hospitalar considerado como lugar de sofrimento, associado muita das vezes a morte.

No período de 2005 a 2008 fui voluntária no HUSE (Hospital João Alves) atuando juntamente com o grupo Prosarte, sendo testemunha da esperança que investe essa arte. Nos meados de 2010 retornei ao trabalho voluntário no Prosarte e posso relatar que o efeito dessa arte em beneficio da alegria das crianças no setor oncológico nos deixa com a alma renovada e fortalecida.
GISLANE,Avelar Matos e Inno Sorsy.O oficio do contador de histórias.- 2ª Ed. São Paulo: Martins Fontes,2007.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Apresentação no Posto de Saúde Dona Jovem-Bairro Industrial

Nesta manhã encantada do dia 16 de junho de 2011 os funcionários e usuários do posto participaram das contações de histórias que trouxe alegria e harmonia ao ambiente.
Agradecemos de coração pela receptividade e carinho de todos que estavam presente e parabenizamos ao SESC por mais um projeto de incentivo a leitura e divulgação da arte sergipana.




Para informar sobre o projeto BIBLIOSESC:

O BIBLIOSESC é uma unidade de biblioteca volante que possui em seu acervo mais de 3000 livros, subdivididos em literatura brasileira para adultos, jovens e crianças (romances, contos, crônicas etc.), livros didáticos, biografias, jornais, revistas, entre outros, e tem como principal objetivo levar informação e conhecimento às comunidades desfavorecidas de bibliotecas ou com bibliotecas de acervo escasso ou desatualizado, através de empréstimos, consultas e de ações educativas de fomento a leitura.

Em 2011, o SESC amplia o potencial do seu sistema de bibliotecas com mais uma unidade do BIBLIOSESC.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

o Sabugo de milho e o pássaro

O sabugo de milho e o pássaro

O conselho que o amigo dá de coração é agradável como um perfume suave.

Provérbios: 27:9 Bíblia Viva

Autora: Marilene Costa

Ilustrações: Adriel Rogério S. Bacellar

Ano 1998




O sol nasceu. Mais um dia de presente para Blingo, o sabugo do milharal, que tinha um triste olhar. Mas, o que é isto? De onde nasceu este sentimento que tem separado Blingo dos restantes sabugos que ali habitavam?

Blingo nasceu defeituoso, ele não tinha milhos suficientes no seu corpo e se envergonhava de não possuí-los.

Era uma tradição no milharal, de que o mais perfeito fosse coroado rei. Não havia chances de Blingo ser indicado, e, pior de tudo, é que ele era rejeitado por ser diferente. Assim, ao nascente e ao poente, Blingo vivia triste cada dia que passava.

Apareceu de um lugar bem distante, um lindo passarinho, que veio visitar aquele famoso milharal.

Aproximou-se de Blingo e logo fez amizade. Ele aprendeu muito com seu amigo que se chamava Liberdade.

Ouviu falar de um amor eterno, que dura para sempre.

Blingo encheu-se de amor e aprendeu amar a sua vida, alegrando-se em poder servir aos seus companheiros.

Sua aparência não o preocupava mais. Jesus é mais importante do que milhos que parecem. Ele é a vida, o reflexo do amor de Deus. Liberdade então teve uma boa idéia. Todas as noites enquanto Blingo dormia, ao balanço do vento, ele trazia um grão de milho e colocava no seu corpo.

Repetiu durante todas as noites e no final de quarenta dias Blingo estava completo e formoso.

Pelo espelho do olhar dos seus companheiros, percebeu que algo tinha acontecido. Ao olhar-se, soltou um grito de alegria. Blingo estava tão ocupado em ajudar os outros que não percebeu que havia se transformado.

Blingo recebeu o dom da vida com alegria, ele tinha motivos para ser feliz e começou a falar com muita sabedoria para os sabugos que habitavam aquela terra. Nesta jornada ele percebeu que muitos daqueles sabugos em beleza, possuíam um coração triste e amargo. Blingo jamais pensou que existisse este sentimento naqueles formosos sabugos.

Foi então que seus olhos abriram-se e ele percebeu que a beleza não é tudo e o que da alegria a vida é o amor.

Blingo com um tempo encheu-se de sabedoria, passou a ser respeitado por todos os seus colegas e foi coroado o rei do Milharal, pela sua beleza de coração e por falar de Deus a toda aquela criação.

FIM




Esta história transformou-se em livro infantil com o apoio do secretário da cultura Dr. Virgínio José de Carvalho Neto no ano de 1998 sendo adotada por vários colégios aracajuanos.

Está também no Cd “história não tem hora” interpretada pela autora Marilene Costa com a música temática na voz de Minho San liver.

O sabugo de milho e o pássaro é uma história que nos fala do valor da amizade, auto-estima e amor aos ensinamentos de Deus.

O livro está esgotado, como irmã da autora e com a sua autorização, disponibilizo a história para quem se interessar pelo tema.







segunda-feira, 6 de junho de 2011

Gaiola

Gaiola

Sou um pássaro solitário
Meu ir e vir, andejar que me conduz a terra,
Cortado ao meio fio
Tragado no meio do asfalto
Pelo vazio da humanidade
Procuro a felicidade
Pego carona no vôo da imaginação, preciso sorrir,
Fingir que sou feliz
A fé é o trem do homem
Na dor tem o aceno da partida
Quero chegar e partir
preciso sorrir...
O fingimento é uma arte
O circo tem palhaço
O papagaio fala língua afiada
Palavras que te quero?
Somente para enganar
Asas pra que me servem?
Somente para sonhar
O pássaro canta na gaiola
Uma triste melodia
Relembrando seu pesar
O homem no seu quarto solitário
Sonha em ser um pássaro
E aspira liberdade no seu cantar

Telma Costa

O cantor Zezinho Colares (Grupo Hannah) gostou tanto desta poesia que a transformou em música. Amei, fiquei toda contentamento.
Obrigada Zezinho Colares que você leve-a sempre na sua mala mágica , encantando a todos que sonham com o canto de liberdade.
Para conferir a cantoria :
http://www.youtube.com/watch?v=HlwlockYWRA

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Amo as festas juninas

Amo as festas juninas
Odeio o São João de Estância


Fogueiras nas portas, milho assado, pamonha, canjica, quentão, quadrilha, casamento caipira com a benção do Santo João.

Viva o nosso santo!

Viva a festa do São João!

Festa sem preconceito, em céu aberto para todos no grande arraiá popular.

Amo o São João, mas não o da minha cidade jardim.

Lá existe uma tradição de um tal fogo chamado buscapé.

Até que o fogo é bonito de se ver, mas bem de longe, lá no arraiá do forródromo onde se arrisca quem quer.

Sou filha de Estância, moro em Aracaju há 23 anos e estou presente na minha terra todo sagrado mês. Mas no mês de junho prefiro ficar na nossa capital e ver um São João de paz e amor.

Sempre fiquei revoltada de presenciar os idosos e quem não gosta do tal fogo, nesta bela época, trancados em casa, sem poder ir a missa, ao culto ou mesmo dançar um xaxado .

Aproveito o contexto e esquento minha memória relatando um pouco da história:

Certa vez o buscapé caiu no quintal da casa de meus pais, quase a machucar meu filho.

Em outro ano, felizmente eu não estava por lá, o grande fogo rapou o telhado assustando meus pais idosos que adoeceram com o grande susto.

Continuando a história: no ano passado o fogo adentrou nossa casa que por sorte a guerra do irado ficou só na garagem. Isso fora aos fogueteiros que não respeitam nosso apelo para soltar o fogo em outro lugar, não importando se é idoso, grávida ou criança que está a passar pela rua.

Não entendo essa tal de tradição que pode matar, adoecer ou aniquilar. Tenho colegas que perderam os dedos, mãos e até uma filha de um amigo de meu pai que ficou cega com a faísca do fogaréu.

Lembro do único ano que gostei do nosso São João: quando certo prefeito enfrentou a população tradicionalista e determinou que só pudesse soltar os fogos em local estabelecido.

Essa sim é uma atitude de quem se preocupa com a saúde e integridade da população.

Como voluntária do HUSE vejo o estrago que essa festa pode causar e fico a imaginar por que diabos uma população divulga o que não presta. Deve ser coisa do capeta (sem ser a bebida da época) para que o povo fique cego e arda nas chamas dos buscapés.

Ele ia amar tanta gente esquentando sua alma para o seu bel prazer.

Assim digo de coração que amo as festas juninas e odeio o São João de Estância onde vejo só fumaça e risco no respirar do nosso grande jardim.

É só um desabafo... e

“Ás vezes, a melhor ajuda que conseguimos obter é um bom e firme empurrão” Joann Thomas

Que não seja na fogueira ou no meio dos buscapés, só para o despertar da nossa consciência

Telma Costa- Junho/2011

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Dinâmica: Caminhando entre obstáculos

Dinâmica: Caminhando entre obstáculos
Material necessário:

Garrafas, latas, cadeiras ou qualquer outro objeto que sirva de obstáculo, e lenços que sirvam como vendas para os olhos.

Desenvolvimento:

Os obstáculos devem ser distribuídos pela sala. As pessoas devem caminhar lentamente entre os obstáculos sem a venda, com a finalidade de gravar o local que eles se encontram. As pessoas deverão colocar as vendas nos olhos de forma que não consigam ver e permanecem paradas até o sinal para iniciar a caminhada. O professor ou orientador da dinâmica com o auxilio de quem não está participando, imediatamente, e sem barulho, tirarão todos os obstáculos da sala. Dado o sinal para começar o professor insistirá em que o grupo participante tenha cuidado com os obstáculos, em seguida pedirá que caminhem mais rápido. Passando um tempo o professor pedirá para que todos tirem as vendas, observando que não existem mais obstáculos.

Compartilhar:

Discutir sobre as dificuldades e obstáculos que encontramos pelo mundo e o sentimento de quem participou e de quem estava observando. Depois o professor ressalta que não devemos viver no mundo temeroso, pois quem está com Cristo tem auxilio pra vencer. I co. 10:12-13

“Não é bom agir sem reflexão

Quem anda apressado acaba tropeçando” (Prov. 19,2)

Experiência:

Já apliquei esta dinâmica algumas vezes e sempre têm excelentes resultados.

Geralmente concluo com a história “Eu tropeço e não desisto” de Giselda Laporta que pelo titulo já nos fala claramente a sua mensagem.

Tenha uma linda experiência!

Abraços

segunda-feira, 30 de maio de 2011

A beleza dos urubus

Passeando pela linha verde, em direção à praia do Abaís, avistei um casal de urubus no coqueiral, parecia que estavam a refletir sobre a vida.
Desde adolescente que tenho admiração por estas aves, achava-as bonitas e diferentes e ficava a imaginar o porquê, eram tão rejeitadas, excluídas.
Respondiam que era o gosto delas por lixo, dos restos animais. Eu respondia: e daí, é a natureza deles!
Hoje fico a imaginar qual é a culpa dos urubus, já que no reino animal não existe o processo da educação?
Como seriam os urubus se lhe ensinassem as etiquetas? Eles aprenderiam? Ou a natureza falaria mais alto?
De acordo com Maquiavel (cientista político) a natureza do homem muda de acordo com a situação em que se encontra.
Assim sendo, será que a educação tem o poder de modificar a nossa natureza? Nossas atitudes? Ou será que revelamos a nossa verdadeira essência de acordo com que a vida nos oferece?
É também do saber popular que a nossa espécie é diferenciada das outras, pela racionalidade, sustentada na consciência do que é certo ou errado.
Bela sabedoria!
E a nossa sociedade racional deixa as crianças conviverem com os urubus que vivem de acordo com que a sua natureza irracional lhes oferece.
Assim caminha a humanidade...
E os urubus?
Tem seus admiradores: o sábio escritor Rubens Alves, eu, e até aqueles que lhe ofereçam uma bela canção “Os urubus e as nuvens”.
Telma Costa

sábado, 28 de maio de 2011

Trabalho voluntário com o grupo Prosarte

Um experiência que traz crescimento pessoal, emocional e profissional.





Divulgo esse belo trabalho do nobre colega Antenor Aguiar que admiro pela dedicação e seriedade com que se dedica a esse projeto de amor e solidariedade!

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Catadores de lixo

Catadores de lixo
Do lixo que ajudei a produzir


José, João e Matias...

Que passam por nossos olhos, todos os santos dias.

Mas só passam,

Porque nossos olhos fingem que não os ver.

_ Moça, me dá dez centavos?

Dilema da sociedade: dar ou não dar?

Melhor não dar, se acostumam e não querem mais trabalhar.

Digo que não tenho e pergunto por seus pais.

Apontam para a esquina, vejo o pai, observo que não é nenhum explorador da boa vontade alheia, é apenas um catador de lixo.

Arrependo-me de ter dito "não" e digo que vou trocar o dinheiro.

Meu dilema: dar ou não dar?

Dar vicia. A nossa sociedade já está viciada: bebidas, drogas, prostituição, corrupção...

Então procuro não contribuir com o vicio.

Compro um pacote de biscoito, saio do mercado, e eles não estavam mais lá.

Tudo bem, a vida é deles, não tenho nada com isso e nem posso resolver.

Uma semana se passou, e encontro-os fazendo carrego.

Eles estavam tagarelando com a dona das compras, e o pai atrás catando lixo nos vasilhames que encontrava. Com certeza os garotos já sabiam que a sociedade não permite pedintes ou foram a alguma missa em que o padre falou: “O homem deve comer do pão do seu suor”.

Homens?

Dei um real ao pai e disse que era para comprar biscoito, que eu devia aos garotos.

Lavei a alma. Dei ponto final na história, afinal o que posso fazer?

Posso ou não posso?

Conheço um cego, seu oficio, tocar sanfona. Seu sonho: enxergar, nem que seja por um minuto para poder vê os seus filhos (confidenciou). Pensei: (pelo menos não enxerga as
mazelas da sociedade). Maldade da minha mente. Ele nunca sentirá a alegria de vê o sorriso de uma criança, dos seu filhos e netos..

Fotografei (mentalmente) o sorriso dos meninos, porque apesar de produzirmos lixos: desigualdade social, preconceito, ambição, egoísmo, às crianças ainda conservam almas puras, e não foi à toa que o Mestre os defendeu "Deixem que as crianças venham a mim" Matheus 19.(13-15).

Fotografei-os (mentalmente) tomados banhos, com roupas limpas. Não sei, se roupa e banho dão felicidade, mas com certeza dar um pouco de dignidade!

Então descubro que meus olhos estão cheios de cisco e que é preciso enxergar os filhos da fome, da miséria, que ajudamos a construir.

E entro no sonho dos nossos governantes de acabar com a fome do nosso país.

Sonho?!

Seria realidade se os políticos tivessem seriedade e boa vontade.

E minha alma não enxerga a alma dos políticos, porque, eles podem realmente ajudar e nada fazem, provando que nada se faz quando a alma é pequena.

E como ficam os nossos guris?

Eles vão ficando, ali, acolá, porque o povo ajuda como pode.

E os políticos?

Se eles realmente se preocupassem com o povo com certeza pensariam como Abraão Lincolin:

"Eles não querem muito, só conseguem pouco e eu preciso vê-Ios" 

Telma Costa

.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Um sonho...após a vida

Um sonho... após a vida...


A morte faz parte da vida.
Aparentemente a vida não faz parte da morte.
A vida tem sabor, beleza, perfume, música e o toque do amor.
Teoricamente na morte o corpo não sente, não ouve, não vê, se esvazia todos os sabores e perfumes.
Dos meus nove anos aos dezessete, eu tinha que dormir com minha avó, separada e cardíaca,como na casa não existia cama de solteiro, dormíamos juntas. Muitas madrugadas eu ficava a observar a sua respiração com medo que ela morresse.Cena de terror imaginária" Acordar com minha querida vovozinha, mortinha . DEFUNTA."
No dia da sua morte, que não foi na sua cama e sim no hospital de Estância, presenciei o seu último momento agonizante, que me levou a passar dois anos dormindo de luz acesa com medo que o fantasma da minha querida avó se manifestasse.
Hoje como contadora de histórias ( Grupo Prosarte) tive algumas experiências relacionadas com a morte, podendo presenciar em quartos de hospitais mãos comungando a fé e a esperança na luta pela vida.
Lembro de uma jovem de 15 anos que ia se operar do coração. Na véspera da cirurgia passei a tarde no hospital, contei-lhe história e ela pediu a minha irmã que orasse por ela. Passados quatro dias, eu voltei ao hospital para visitá-la e sair deprimida. Uma enfermeira relatou-me que na manhã da cirurgia, a garota pediu a sua irmã que lhe fizesse uma trança para ficar bonita depois do operatório ...0 coração não resistiu. Guardei apenas a lembrança do seu último sorriso.

Não desisti das minhas visitas, senti que essa minha ligação com a morte faz parte da minha missão. A idade e as aparências dos doentes me enganavam com maestria, conheci idosos que eu pensava que iam morrer e jovens que pensava que iriam se recuperar logo, e como me enganei!
Diz a biblia em Ec1esiastes 11

Uns dos jovens que visitava, tinha 18 anos, alegre e comunicativo. Fiz-lhe visitas durante três meses. Algumas vezes encontrei-o abatido, sem fé achando que não sairia do hospital vivo.
Convidei a missionária Elisabeth Bacellar para ministrar a palavra de Deus que o deixou muito animado e esperançoso.  Certa vez encontrando-o muito triste, dei-lhe de presente um livro infantil de minha autoria "Sementinha de Abóbora", ele adorou saber que eu escrevia e disse que mostraria o livro aos amigos quando retornasse a cidade. Doce esperança "quando voltasse pra casa"
Neste dia avisei-lhe que iria passar 15 dias sem visitá-Io e quando voltasse queria a noticia da sua alta. Vinte dias depois desta despedida tive um sonho esquisito e quando acordei senti que alguém passou a mão nos meus cabelos. Chorei. Esperei amanhecer e liguei para o hospital, pedi informações, e a atendente disse "sinto muito".
APENAS 18ANOS E TANTOS SONHOS... Orei pelo seus familiares e sentir no meu coração que a morte não é o fim. .
Qual seria o sentido da vida se a morte anulasse nossos sonhos e projetos?
Conheci um garoto lindo como a luz do sol ( 12 anos). Toda vez que eu voltava do hospital, contava aos meus filhos sobre a sua força de vontade, o sorriso, a energia que ele passava apesar do sofrimento de longos meses.
Por que será que só damos valor a vida através do sofrimento?
Em um dia de domingo, acordei triste, com um aperto no coração, pensei em visitar meu amiguinho, convidei minha irmã missionária para irmos à tarde ao hospital. Na hora do almoço tomei uma taça de vinho, dormi, e deixamos a visita para o outro dia.
A morte não tem hora, o coração fala e a gente não ouve.

Relatar essas experiências faz doer o coração, mas acredito que coração que não dói é porque está morto.
Um dia...
Meu sonho de vivente...
Que todos tenham o mesmo conforto nos hospitais.
Que pessoas visitem mais os enfermos.
Que os médicos e os enfermeiros se vejam no olhar do outro.
Um sonho... Após a vida...
Eu morta contando histórias para Jesus e seus anjos.
 Quem sabe Sementinha de Abóbora... E outras histórias...
Telma Costa

sábado, 14 de maio de 2011

Sexta-feira 13 no Sesc Centro-Momento Cultural


Parabéns a toda equipe do Sesc Centro por proporcionar a sociedade sergipana momentos de alegria, distração e reflexão através do mundo das histórias infantis.
A sexta-feira 13 foi acompanhada de muita imaginação e “sorte” com D. Baratinha (conto popular), Sementinha de abóbora(minha autoria),Macaquinho saí daqui(conto popular),A vaidosa Lolita(tio Gaspa),Menina Bonita do Laço de fita(Ana Maria Machado),nosso cantor Minho San Liver e Adima Pinto(companheiros história não tem hora) e todos os belos adultos com almas de criança que nos agraciaram com sua presença.
                                                                              
Foi Lindo!


Um abraço especial para  a Bibliotecária Gil