quinta-feira, 23 de junho de 2011
Vítimas ou culpados?
Conversando sobre a onda de violência que assola o nosso estado e todo o país, eu e minha amiga divergimos opiniões.
O papo surgiu a parti do noticiário sobre o arrastão que houve do Mercado central até o calçadão no termino de uma comemoração junina. Comentei que tinha pena dos jovens infratores, pois eram vitimas do descaso da sociedade e da falta de amor.
Ela discordou e usou citações bíblicas a respeito do livre arbítrio sobre o bem e o mal.
No momento concordei com a sua experiência e sabedoria a respeito do conhecimento bíblico. Chegando a minha casa entrei em estado de reflexão:
Eles são vitimas ou culpados?A quem cabe o lado da moeda?
E comecei a pensar no caso da casa de meu pai, que foi abandonada por causa da violência.
Meus pais foram vitimas de vários assaltos, tentativa de seqüestro, violência física e cárcere privado. A última visita dos “ilustres intrusos ”foi há três anos, onde meu pai aos 80 anos recebeu um golpe no estomago e seu amigo a angústia de ter uma faca no pescoço, sobre a ameaça de ter que arranjar uns míseros trocados.
Felizmente não houve a fatalidade da morte, eles foram embora sobre a ameaça de voltarem para pegar o que lhes pertencia.
No dia seguinte meio ao tumulto do acontecido alguém me chama e fala: -Tire seu pai daqui, eles vão voltar e se não tiver dinheiro, eles vão matar.
Perguntei como ela sabia desse assunto. Ela responde que era tudo por causa do inferno das drogas, só para o vicio da droga, e que seu enteado era uns dos que estavam envolvidos. Depois me pediu segredo, pois eles poderiam matá-la.
Tirei meu pai da sua casa, contra sua vontade e guardei o silêncio da denuncia.
Ainda continuo tendo pena de quem comete atrocidades, acredito que são vitimas da falta da educação familiar, escolar e social.
E os culpados?
Vejo a destruição da casa de meu pai e penso que se tivéssemos seriedade política, preocupação com a segurança pública e a educação social, aí sim seria mais fácil apontar quem seriam as vítimas e os culpados.
Por enquanto só posso registrar meu sentimento de angústia, tristeza e impotência ao ver a casa que meu pai sonhou,projetou e construiu com o suor do seu trabalho, destruída e abandonada ao léu.
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