Aos 83 anos, acamado pós derrame, meu pai tem muitas
histórias para contar:
Essa semana, setembro de 2012, ao receber a visita de uma
sobrinha e da sua filha, uns dos assuntos foi sobre os bailes de antigamente,
onde ele comentou que tinha muita vontade de dançar, só que sua timidez não deixava.
Relatou que em certa ocasião, morando em São Paulo, foi ao
baile com um primo que era um exímio dançarino.
O primo apresentou
uma garota para que ele a convidasse para dançar.Ele a convidou.Só que meu pai
não sabia dançar e ficou tão atrapalhado e envergonhado que nunca mais na vida teve
coragem de tirar outra garota para valsar.
Então comentei:
Oxente, meu pai, por que o senhor não aproveitou que seu
primo era um excelente dançarino e aprendeu a dançar com ele?
Ele prontamente respondeu:
-Mas minha filha, eu não queria dançar com homem, eu queria
dançar era com as mulheres!
Meu pai é demais, pena que não teve estímulos necessários para
também se tornar um “exímio dançarino.”
Telma Costa
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