domingo, 3 de maio de 2015

Conversando com um mendigo



No centro Cívico de Curitiba minha amiga Fátima entrou no BB e eu fiquei a esperando na porta com as compras. Um mendigo de cor negra (é raro vê um negro em Curitiba, fato que nos chamou a atenção) que estava encostado do lado do Banco, me fez um pedido:
- Moça, por favor, estou com fome, pague meu almoço.
Respondi: - Bom, só tenho quatro reais, terminei de gastar todo meu dinheiro. Dá para você tomar um café com pão.

- Moça, estou com muita fome,tenho fome de almoço.

- Bom, tenho umas moedas, deixe ver quanto tenho. Pronto tenho mais dois. Então você fica com seis; ontem almocei aqui perto e o prato feito é apenas 10 reais e 50 centavos.

- Deus abençoe! Você é turista?

- Sou, como você adivinhou?

- É que o povo daqui nunca iria parar para conversar com um mendigo.

- E você é daqui?

- Não, sou de Joinville.

- Bonita sua cidade.

- É sim. E você é de onde?

- De Aracaju , Sergipe. Também é uma cidade bonita.

- Sabia que você é muito bonita?

Respondo: obrigada.

. Você é de qual religião?

Respondo: - Não tenho religião. Frequento todas.

Ele sorriu e disse que eu era muito sábia e que Deus está em todo lugar.


Assim nos despedimos e apesar de toda beleza da cidade de Curitiba e do encantamento de participar do curso da Casa do Contador de histórias, este foi um momento especial, de rara sinceridade e sensibilidade, como nos  diz o pensamento de autor desconhecido “Algumas pessoas vêm a nossas vidas da mesma forma que vão, tão rápido. Algumas vêm e ficam por um tempo, e quando vão deixam pegadas em nossos corações.”

















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