No ano de 2006, especialmente no mês de dezembro, tive uma experiência única como mamãe Noel Contadora de Histórias no Calçadão de Aracaju.
No primeiro dia foi difícil enfrentar um público sozinha em espaço aberto. Sozinha como contadora de histórias, pois estava acompanhada pelo ilustre Papai Noel e sua assistente a Nonolete.
Na primeira semana conquistei um público especial: os meninos de rua.
Foram momentos lindos!
Certo dia uma garotinha de seis anos (que era explorada por sua família) disse-me:
- Tia por que a gente não pode ouvir suas histórias hoje?
- Quem disse isso? - Perguntei
- O guarda. – Ela respondeu com a cabeça baixa
- Foi mesmo? Vamos ver? Tive uma idéia genial! Vocês serão meus assistentes com os cartazes das histórias.
E eles fizeram um lindo trabalho!
Foi com o primo dessa garota que aprendi a amar a história “ Eu tropeço e não desisto” de Giselda Laporta.
Todos os dias, ele dava um jeito de escapar da mendicância, ia na casa do Papai Noel (nosso espaço) e dizia:
- Tia conta a história da moça do vestido azul?!
Foi aí que percebi o encanto, a força e o mistério dessa linda história, que até hoje conto com amor e entusiasmo.
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