sábado, 5 de setembro de 2020

Uma história sem fim...


 

Uma história que minha filha amava se chama “História sem fim”, que eu tinha visto na TV Cultura e comecei a contar, todas as noites, para que ela pegasse no sono. Há muito tempo não contava essa história, já tinha sumido da minha mente e vim ouvi-la em 2014, no “Encontro dos Contadores de Histórias Potiguar”, em Natal/RN. Fiquei super emocionada e com saudades da infância de meus filhos.

UMA HISTÓRIA SEM FIM (Conto popular)

Um fazendeiro muito rico tinha um bando de patos que não se podia contar. Numa manhã, o menino encarregado de levar os patos para a lagoa encontrou o córrego cheio d’água da chuva caída na noite anterior. Mas era preciso levar os patos para a lagoa e o menino, com medo do patrão, obrigou-os a atravessar.

E os patos foram passando, nadando, nadando, nadando.

E, então, eu ficava repetindo: E os patos foram passando, nadando, nadando, nadando.

O menino foi atrás do fazendeiro para contar a história da passagem dos patos.

E o fazendeiro pergunta: E os patos?

E o menino começa a cantar:

Deixa os patos passarem, deixa os patos passarem...

E eu cantava até Paulinha cochilar...

Já o conto preferido de Vinicius era o clássico “Os Três Porquinhos”, que eu, todos os dias, acrescentava elementos diferentes. Era eu quem acabava dormindo de tanta maluquice que inventava.

Quando meu filho estava com dois anos, eu deixava-o aos cuidados de minha filha, que já estava com dez anos, para poder procurar patrocínio e, também, para divulgar o meu trabalho nas escolas de Aracaju. Mas, antes de sair de casa, eu falava com as amigas do condomínio “Jardim das Hortências”, avisando que ia me ausentar, e falava, também, com o pessoal da portaria e, assim, eu ficava tranquila, porque sabia que éramos como uma grande família e que em qualquer situação eles chegariam juntos.

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