Uma história que minha filha
amava se chama “História sem fim”, que eu tinha visto na TV Cultura e comecei a
contar, todas as noites, para que ela pegasse no sono. Há muito tempo não contava
essa história, já tinha sumido da minha mente e vim ouvi-la em 2014, no
“Encontro dos Contadores de Histórias Potiguar”, em Natal/RN. Fiquei super
emocionada e com saudades da infância de meus filhos.
UMA HISTÓRIA SEM FIM (Conto popular)
Um fazendeiro muito rico tinha um bando de patos
que não se podia contar. Numa manhã, o menino encarregado de levar os patos
para a lagoa encontrou o córrego cheio d’água da chuva caída na noite anterior.
Mas era preciso levar os patos para a lagoa e o menino, com medo do patrão,
obrigou-os a atravessar.
E os patos foram passando, nadando, nadando,
nadando.
E, então, eu ficava repetindo: E os patos foram
passando, nadando, nadando, nadando.
O menino foi atrás do fazendeiro para contar a
história da passagem dos patos.
E o fazendeiro pergunta: E os patos?
E o menino começa a cantar:
Deixa os patos passarem, deixa os patos
passarem...
E eu cantava até Paulinha cochilar...
Já o conto preferido de
Vinicius era o clássico “Os Três Porquinhos”, que eu, todos os dias,
acrescentava elementos diferentes. Era eu quem acabava dormindo de tanta
maluquice que inventava.
Quando meu filho estava com dois anos, eu deixava-o aos cuidados
de minha filha, que já estava com dez anos, para poder procurar patrocínio e,
também, para divulgar o meu trabalho nas escolas de Aracaju. Mas, antes de sair
de casa, eu falava com as amigas do condomínio “Jardim das Hortências”,
avisando que ia me ausentar, e falava, também, com o pessoal da portaria e, assim,
eu ficava tranquila, porque sabia que éramos como uma grande família e que em
qualquer situação eles chegariam juntos.
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