segunda-feira, 8 de novembro de 2021

Cards para lives- Ano 2020-2021

Honrada e agradecida a todos os convites e também a todos que prestigiaram!
                                              Paz e saúde para todos!









 

Sementinha de Abóbora na Revista Atração de Isaías Marinho




 









domingo, 15 de agosto de 2021

O CÉU EXISTE?

 

O CÉU EXISTE?


A VIDA é bonita

para quem sonha ALTO

e quem defendeu

ideias elevadas

planos maiores

por um mundo mais digno

um mundo Cristão

para todos.


Se existe céu

ou algo assim bem poético

onde se possa amar sem esquemas

perdoar sem problemas

e ser feliz, naturalmente

deve ser para os eleitos de Deus

sem precisar ser tão SANTO

mas que tivesse como sacrossanto

um grande ideal CRISTÃO.


O céu é para o Padre Pedro

tão desprendido e humano

é para os que não alimentam ódios

e vinganças, no coração.


O céu que eu entendo

é o lugar ideal

de espíritos purificados

pela vida sem recalques

uma vida de serviço

pelo bem de todos, em geral.


O céu é o lugar onde se vê Deus

ao lado de seu filho Jesus

contornados por Maria

a mulher mais sublime

que subiu ao céu

de “corpo e alma”.


E o céu existe, mãe?

Ou é uma linda fantasia?

Questiona uma pobre menina

atacada de um câncer terrível.

Ela quer ver Jesus

para comprovar que a sua cruz

não foi tão vazia e inútil.

Por Carlos Tadeu- Jornalista e escritor sergipano





quinta-feira, 3 de junho de 2021

A Árvore generosa

 

A Árvore generosa


Do original de Shel Silvertein, Adaptado por Fernando Sabino


Era uma vez uma Árvore que amava um Menino.

E todos os dias, o Menino vinha e juntava suas folhas.
E com elas fazia coroas de rei.
E com a Árvore, brincava de rei da floresta.

Subia em seu grosso tronco, balançava-se em seus galhos!

Comia seus frutos.
E quando ficava cansado, o Menino repousava à sua sombra fresquinha.

O Menino amava a Árvore profundamente.
E a Árvore era feliz!

Mas o tempo passou e o Menino cresceu!
Um dia, o Menino veio e a Árvore disse:
"Menino, venha subir no meu tronco, balançar-se nos meus
galhos, repousar à minha sombra e ser feliz!"

"Estou grande demais para brincar", o Menino
respondeu. "Quero comprar muitas coisas. Você tem algum dinheiro que possa me oferecer?"

"Sinto muito", disse a Árvore, "eu não tenho dinheiro.
Mas leve os frutos, Menino. Vá vendê-los na cidade,
então terá o dinheiro e você será feliz!"

E assim o Menino subiu pelo tronco, colheu os frutos e
levou-os embora.

E a Árvore ficou feliz!

Mas o Menino sumiu por muito tempo...
E a Árvore ficou tristonha outra vez.

Um dia, o Menino veio e a Árvore estremeceu tamanha a
sua alegria, e disse: "Venha, Menino, venha subir no meu
tronco, balançar-se nos meus galhos e ser feliz".

"Estou muito ocupado pra subir em Árvores", disse o menino.
"Eu quero uma esposa, eu quero ter filhos, pra isso é preciso que eu tenha uma casa. Você tem uma casa pra me oferecer?"

"Eu não tenho casa", a Árvore disse. "Mas corte meus
galhos, faça a sua casa e seja feliz."

O Menino depressa cortou os galhos da Árvore e levou-os
embora pra fazer uma casa.

E a Árvore ficou feliz!

O Menino ficou longe por um longo, longo tempo, e no
dia que voltou, a Árvore ficou alegre, de uma alegria tamanha que mal podia falar.
"Venha, venha, meu Menino", sussurrou, "Venha brincar!"

"Estou velho para brincar", disse o Menino, "e estou também muito triste." "Eu quero um barco ligeiro que me leve pra bem longe.
Você tem algum barquinho que possa me oferecer?"

"Corte meu tronco e faça seu barco", a Árvore disse.
"Viaje pra longe e seja feliz!"

O Menino cortou o tronco, fez um barco e viajou.

E a Árvore ficou feliz, mas não muito!

Muito tempo depois, o Menino voltou.

"Desculpe, Menino", a Árvore disse, "não tenho mais nada pra te oferecer. Os frutos já se foram."

"Meus dentes são fracos demais pra frutos", falou o Menino.

"Já se foram os galhos para você balançar", a Árvore disse.

"Já não tenho idade pra me balançar", falou o menino.

"Não tenho mais tronco pra você subir", a Árvore disse.
"Estou muito cansado e já não sei subir", falou o Menino.

"Eu bem que gostaria de ter qualquer coisa pra lhe
oferecer", suspirou a Árvore. "Mas nada me resta e eu sou apenas um toco sem graça. Desculpe..."

Já não quero muita coisa", disse o Menino, "só um lugar sossegado onde possa me sentar, pois estou muito cansado."

"Pois bem", respondeu a Árvore, enchendo-se de alegria."
"Eu sou apenas um toco, mas um toco é muito útil pra sentar e descansar."
"Venha, Menino, depressa, sente-se em mim e descanse."

Foi o que o Menino fez. E a Árvore ficou feliz!

A AMIZADE É UM SENTIMENTO QUE SE LEVA PARA SEMPRE...

Fonte:https://www.contandohistorias.com.br/html/contandohistorias.

sábado, 1 de maio de 2021

Histórias para acalentar

Uma Oração da Presença

Wagner Borges

Que jamais, em tempo algum, o teu coração acalente o ódio.

Que o canto da maturidade jamais asfixie a tua criança interior.

Que o teu sorriso seja sempre verdadeiro.

Que as perdas do teu caminho sejam sempre encaradas como lições de vida.

Que a música seja tua companheira de momentos secretos contigo mesmo.

Que os teus momentos de amor contenham a magia de tua alma eterna em cada beijo.

Que os teus olhos sejam dois sóis olhando a luz da vida em cada amanhecer.

Que cada dia seja um novo recomeço, onde tua alma dance na luz.

Que em cada passo teu fiquem marcas luminosas de tua passagem em cada Coração.

Que em cada amigo o teu coração faça festa e celebre o encanto da amizade Profunda que liga as almas afins.

Que em teus momentos de solidão e cansaço esteja sempre presente em teu coração a lembrança de que tudo passa e se transforma, quando a alma é grande e generosa.

Que o teu coração voe contente nas asas da espiritualidade consciente, para que tu percebas a ternura invisível tocando o centro do teu ser eterno.

Que um suave acalanto te acompanhe, na Terra ou no Espaço, e por onde quer que o Imanente Invisível leve o teu viver.

Que o teu coração sinta A PRESENÇA SECRETA DO INEFÁVEL!

Que os teus pensamentos, os teus amores, o teu viver, e a tua passagem pela vida sejam sempre abençoados por aquele AMOR QUE AMA SEM NOME.

Aquele Amor que não se explica, só se sente.

Que esse Amor seja o teu acalanto secreto, viajando eternamente no centro do teu ser.

Que esse Amor transforme os teus dramas em luz, a tua tristeza em celebração, e os teus passos cansados em alegres passos de dança renovadora.

Que jamais, em tempo algum, tu esqueças da PRESENÇA que está em ti e em todos os seres.

Que o teu viver seja pleno de PAZ E LUZ.

Pra que Gritar ?

Mahatma Gandhi

Um dia, um pensador indiano fez a seguinte pergunta a seus discípulos:

"Por que as pessoas gritam quando estão aborrecidas?"

"Gritamos porque perdemos a calma", disse um deles.

"Mas, por que gritar quando a outra pessoa está ao seu lado?", questionou novamente o pensador.

"Bem, gritamos porque desejamos que a outra pessoa nos ouça", retrucou outro discípulo.

E o mestre volta a perguntar :

"Então não é possível falar-lhe em voz baixa?"

Várias outras respostas surgiram, mas nenhuma convenceu o pensador.

Então ele esclareceu :

"Vocês sabem porque se grita com uma pessoa quando se está aborrecido? O fato é que, quando duas pessoas estão aborrecidas, seus corações se afastam muito. Para cobrir esta distância precisam gritar para poderem escutar-se mutuamente. Quanto mais aborrecidas estiverem, mais forte terão que gritar para ouvir um ao outro, através da grande distância."

Por outro lado, o que sucede quando duas pessoas estão enamoradas ?

Elas não gritam. Falam suavemente. E por quê ?

Porque seus corações estão muito perto. A distância entre elas é pequena.

Às vezes estão tão próximos seus corações, que nem falam, somente sussurram.

E quando o amor é mais intenso, não necessitam sequer sussurrar, apenas se olham, e basta.

Seus corações se entendem.

É isso que acontece quando duas pessoas que se amam estão próximas.

Por fim, o pensador conclui, dizendo :

"Quando vocês discutirem, não deixem que seus corações se afastem, não digam palavras que os distanciem mais, pois chegará um dia em que a distância será tanta que não mais encontrarão o caminho de volta".

Colaboração: Renato Antunes Oliveira

12 passos para evitar o estresse

  1. NÃO COMECE O DIA ATERRORIZADO: Acorde todos os dias com a sensação de que é sexta-feira.
  2. NÃO OCUPE PLENAMENTE O SEU TEMPO LIVRE: Se já tem um segundo emprego, não aceite um terceiro.
  3. NÃO FAÇA COMPRAS NO HORÁRIO DE PICO: Os supermercados podem ser uma boa ajuda para incrementar o seu estresse ao fazer compras em horários de pico (evite-os).
  4. COMPREENDA AS CRIANÇAS: Lembre-se que você já foi uma.
  5. NÃO ESTABELEÇA EXPECTATIVAS MUITO ALTAS: O esforço em demasia leva a resultados imperfeitos.
  6. PREOCUPAÇÃO TÊM FIM: Faça um esforço para descobrir as coisas que podem intensificar a sua alegria e os seus sentimentos de harmonia.
  7. NÃO SOFRA EM SILÊNCIO: Dividir os problemas com os outros reduz enormemente a pressão.
  8. SEMPRE ELOGIE O BOM TRABALHO DAS CRIANÇAS: Uma criança feliz acalenta a alma.
  9. NÃO COMUNIQUE-SE SOMENTE ATRAVÉS DO COMPUTADOR: Sempre que possível converse com as pessoas.
  10. EVITE CONFLITOS INÚTEIS.: Com o seu par, faça uma lista de hábitos negativos e irritantes do outro. Lutem juntos para vencê-los.
  11. FRENESI DE MUDANÇA: Mude lentamente. A direção é mais importante que a velocidade
  12. FIM: Não existe Fim. O que existe é uma oportunidade de começar novamente.

A Águia e o Pardal

O sol anunciava o final de mais um dia e lá, entre as árvores, estava Andala, um pardal que não se cansava de observar Yan, a grande águia. Seu vôo preciso, perfeito, enchia seus olhos de admiração. Sentia vontade em voar como a águia, mas não sabia como o fazer. Sentia vontade em ser forte como a águia, mas não conseguia assim ser. Todavia, não cansava de segui-la por entre as árvores só para vislumbrar tamanha beleza... Um dia estava a voar por entre a mata a observar o vôo de Yan, e de repente a águia sumiu da sua visão. Voou mais rápido para reencontrá-la, mas a águia havia desaparecido. Foi quando levou um enorme susto: deparou de uma forma muito repentina com a grande águia a sua frente. Tentou conter o seu vôo, mas foi impossível, acabou batendo de frente com o belo pássaro. Caiu desnorteado no chão e quando voltou a si, pode ver aquele pássaro imenso bem ao seu lado observando-o. Sentiu um calafrio no peito, suas asas ficaram arrepiadas e pôs-se em posição de luta. A águia em sua quietude apenas o olhava calma e mansamente, e com uma expressão séria, perguntou-lhe:

— Por que estás a me vigiar, Andala?

— Quero ser uma águia como tu, Yan. Mas, meu vôo é baixo, pois minhas asas são curtas e vislumbro pouco por não conseguir ultrapassar meus limites.

— E como te sentes amigo sem poder desfrutar, usufruir de tudo aquilo que está além do que podes alcançar com tuas pequenas asas?

— Sinto tristeza. Uma profunda tristeza. A vontade é muito grande de realizar este sonho...

O pardal suspirou olhando para o chão... E disse:

— Todos os dias acordo muito cedo para vê-la voar e caçar. És tão única, tão bela. Passo o dia a observar-te.

— E não voas? Ficas o tempo inteiro a me observar? Indagou Yan.

— Sim. A grande verdade é que gostaria de voar como tu voas... Mas as tuas alturas são demasiadas para mim e creio não ter forças para suportar os mesmos ventos que, com graça e experiência, tu cortas harmoniosamente...

— Andala, bem sabes que a natureza de cada um de nós é diferente, e isto não quer dizer que nunca poderás voar como uma águia. Sê firme em teu propósito e deixa que a águia que vive em ti possa dar rumos diferentes aos teus instintos. Se abrires apenas uma fresta para que esta águia que está em ti possa te guiar, esta dar-te-á a possibilidade de vires a voar tão alto como eu. Acredita!

E assim, a águia preparou-se para levantar vôo, mas voltou-se novamente ao pequeno pássaro que a ouvia atentamente:

— Andala, apenas mais uma coisa: Não poderás voar como uma águia, se não treinares incansavelmente por todos os dias. O treino é o que dá conhecimento, fortalecimento e compreensão para que possas dar realidade aos teus sonhos. Se não pões em prática a tua vontade, teu sonho sempre será apenas um sonho. Esta realidade é apenas para aqueles que não temem quebrar limites, crenças, conhecendo o que deve ser realmente conhecido. É para aqueles que acreditam serem livres, e quando trazes a liberdade em teu coração poderás adquirir as formas que desejares, pois já não estarás apegado a nenhuma delas, serás livre! Um pardal poderá, sempre, transformar-se numa águia, se esta for sua vontade. Confia em ti e voa, entrega tuas asas aos ventos e aprende o equilíbrio com eles. Tudo é possível para aqueles que compreenderam que são seres livres, basta apenas acreditar, basta apenas confiar na tua capacidade em aprender e ser feliz com tua escolha!

A arte de não adoecer

Dr. Dráuzio Varella

Se não quiser adoecer - "Fale de seus sentimentos"

Emoções e sentimentos que são escondidos, reprimidos, acabam em doenças como: gastrite, úlcera, dores lombares, dor na coluna. Com o tempo a repressão dos sentimentos degenera até em cncer. Então vamos desabafar, confidenciar, partilhar nossa intimidade, nossos segredos, nossos pecados.O diálogo, a fala, a palavra, é um poderoso remédio e excelente terapia.

Se não quiser adoecer - "Tome decisão"

A pessoa indecisa permanece na dúvida, na ansiedade, na angústia. A indecisão acumula problemas, preocupações, agressões. A história humana é feita de decisões. Para decidir é preciso saber renunciar, saber perder vantagem e valores para poder ganhar outros. As pessoas indecisas são vítimas de doenças nervosas, gástricas e problemas de pele.

Se não quiser adoecer - "Busque soluções"

Pessoas negativas não enxergam soluções e aumentam os problemas. Preferem a lamentação, a murmuração, o pessimismo. Melhor é acender o fósforo que lamentar a escuridão. Pequena é a abelha, mas produz o que de mais doce existe. Somos o que pensamos. O pensamento negativo gera energia negativa que se transforma em doença.

Se não quiser adoecer - "Não viva de aparências"

Quem esconde a realidade finge, faz pose, quer sempre dar a impressão que está bem, quer mostrar-se perfeito, bonzinho etc., está acumulando toneladas de peso... uma estátua de bronze, mas com pés de barro. Nada pior para a saúde que viver de aparências e fachadas. São pessoas com muito verniz e pouca raiz. Seu destino é a farmácia, o hospital, a dor.

Se não quiser adoecer - "Aceite-se"

A rejeição de si próprio, a ausência de auto-estima, faz com que sejamos algozes de nós mesmos. Ser eu mesmo é o núcleo de uma vida saudável. Os que não se aceitam são invejosos, ciumentos, imitadores, competitivos, destruidores. Aceitar-se, aceitar ser aceito, aceitar as críticas, é sabedoria, bom senso e terapia.

Se não quiser adoecer - "Confie"

Quem não confia, não se comunica, não se abre, não se relaciona, não cria liames profundos, não sabe fazer amizades verdadeiras. Sem confiança, não há relacionamento. A desconfiança é falta de fé em si, nos outros e em Deus.

Se não quiser adoecer - "Não viva sempre triste"

O bom humor, a risada, o lazer, a alegria, recuperam a saúde e trazem vida longa. A pessoa alegre tem o dom de alegrar o ambiente em que vive. "O bom humor nos salva das mãos do doutor". Alegria é saúde e terapia!!!!!!!!

A Árvore generosa

Do original de Shel Silvertein, Adaptado por Fernando Sabino

Era uma vez uma Árvore que amava um Menino.

E todos os dias, o Menino vinha e juntava suas folhas.
E com elas fazia coroas de rei.
E com a Árvore, brincava de rei da floresta.

Subia em seu grosso tronco, balançava-se em seus galhos!

Comia seus frutos.
E quando ficava cansado, o Menino repousava à sua sombra fresquinha.

O Menino amava a Árvore profundamente.
E a Árvore era feliz!

Mas o tempo passou e o Menino cresceu!
Um dia, o Menino veio e a Árvore disse:
"Menino, venha subir no meu tronco, balançar-se nos meus
galhos, repousar à minha sombra e ser feliz!"

"Estou grande demais para brincar", o Menino
respondeu. "Quero comprar muitas coisas. Você tem algum dinheiro que possa me oferecer?"

"Sinto muito", disse a Árvore, "eu não tenho dinheiro.
Mas leve os frutos, Menino. Vá vendê-los na cidade,
então terá o dinheiro e você será feliz!"

E assim o Menino subiu pelo tronco, colheu os frutos e
levou-os embora.

E a Árvore ficou feliz!

Mas o Menino sumiu por muito tempo...
E a Árvore ficou tristonha outra vez.

Um dia, o Menino veio e a Árvore estremeceu tamanha a
sua alegria, e disse: "Venha, Menino, venha subir no meu
tronco, balançar-se nos meus galhos e ser feliz".

"Estou muito ocupado pra subir em Árvores", disse o menino.
"Eu quero uma esposa, eu quero ter filhos, pra isso é preciso que eu tenha uma casa. Você tem uma casa pra me oferecer?"

"Eu não tenho casa", a Árvore disse. "Mas corte meus
galhos, faça a sua casa e seja feliz."

O Menino depressa cortou os galhos da Árvore e levou-os
embora pra fazer uma casa.

E a Árvore ficou feliz!

O Menino ficou longe por um longo, longo tempo, e no
dia que voltou, a Árvore ficou alegre, de uma alegria tamanha que mal podia falar.
"Venha, venha, meu Menino", sussurrou, "Venha brincar!"

"Estou velho para brincar", disse o Menino, "e estou também muito triste." "Eu quero um barco ligeiro que me leve pra bem longe.
Você tem algum barquinho que possa me oferecer?"

"Corte meu tronco e faça seu barco", a Árvore disse.
"Viaje pra longe e seja feliz!"

O Menino cortou o tronco, fez um barco e viajou.

E a Árvore ficou feliz, mas não muito!

Muito tempo depois, o Menino voltou.

"Desculpe, Menino", a Árvore disse, "não tenho mais nada pra te oferecer. Os frutos já se foram."

"Meus dentes são fracos demais pra frutos", falou o Menino.

"Já se foram os galhos para você balançar", a Árvore disse.

"Já não tenho idade pra me balançar", falou o menino.

"Não tenho mais tronco pra você subir", a Árvore disse.
"Estou muito cansado e já não sei subir", falou o Menino.

"Eu bem que gostaria de ter qualquer coisa pra lhe
oferecer", suspirou a Árvore. "Mas nada me resta e eu sou apenas um toco sem graça. Desculpe..."

Já não quero muita coisa", disse o Menino, "só um lugar sossegado onde possa me sentar, pois estou muito cansado."

"Pois bem", respondeu a Árvore, enchendo-se de alegria."
"Eu sou apenas um toco, mas um toco é muito útil pra sentar e descansar."
"Venha, Menino, depressa, sente-se em mim e descanse."

Foi o que o Menino fez. E a Árvore ficou feliz!

A AMIZADE É UM SENTIMENTO QUE SE LEVA PARA SEMPRE...

Fonte:https://www.contandohistorias.com.br/html/contandohistorias.

terça-feira, 27 de abril de 2021

Arthur e o nosso BBB de cada dia!

 Arthur e o nosso BBB de cada dia!

É interessante ver a mudança do Arthur Picoly depois da saída de Carla Diaz e Projota do jogo do BBB.

Arthur se superou, ficou mais solto e bonito.

O que será que o sufocava? O amor de Carla? Ou a proteção do seu amigo Projota?

Quantas vezes agimos iguais a Arthur? Sufocados por um companheiro, por uma amizade, pela sociedade, pelos pais ou pelo patrão?

Desde adolescente eu ouvia falar que fulano era de um jeito sozinho e de outro com a esposa ou namorada. Às vezes acontece com as mulheres também que são de um jeito na presença do marido (namorado) e de outra maneira com as amigas ou amigos.

Por que será que as relações sufocam tanto? Somos policiados e vigiados pela sociedade?

O que será que é condenável em nós? A nossa alegria? O nosso jeito de comer? De ser grosseiro, machista? De falar bobagens? Ou pornografia? A nossa fé ou nosso fanatismo incomoda?

Será que vivemos todos os dias o nosso BBB? Somos vigiados por nossos comportamentos a todo instante na rua, ou nas redes sociais?

São muitas perguntas e cada um vai ter a sua própria resposta e reflexão!


Acredito que na vida, assim como no reality show, tudo é fruto das nossas escolhas e de como usamos nossas máscaras sociais que são observadas por olhos que nos veem além da nossa biografia que é tão banalizada pela própria vida e por nossas atitudes com os nossos BBB (grandes irmãos, amigos, pais ,colegas ...)
E quanto ao Crossfiteiro Arthur  acredito que ele  foi corajoso e inteligente na sua maneira de se reinventar e conquistar novos olhares e públicos para a casa mais vigiada do Brasil.
 Ou será que não? 

 Telma- 27-04-2021

 

 

domingo, 18 de abril de 2021

Dia Nacional do Livro Infantil

Comecei a publicar meus livros infantis em 1997, tenho 16 livros publicados e um Cd, “história não tem hora.”. Todos os livros foram publicados com muito esforço e persistência. Certa vez cheguei a passar um dia todo na secretaria de educação de Aracaju para ser recebida pelo secretário de educação e poder expor os meus projetos e histórias.

Acredito que já fiz mais de mil apresentações como escritora e contadora de histórias. Não era fácil, não era mesmo. Raramente recebia apoio da família que não valoriza porque achava que o retorno era pouco e que eu estava deixando os serviços domésticos por nada.

Além de ir em busca de colocar em prática os talentos que Deus me deu, eu desenvolvia o voluntariado distribuindo 50% dos meus livros para creches, instituições, sorteios em escolas públicas e hospital Huse. Nesses projetos eu estava também tentando ter retornos financeiros como qualquer pessoa que trabalha.

Eu sinceramente só fazia o que me era possível, pois tinha os serviços domésticos e meus filhos para cuidar, e por isso tive  dificuldades em expor meus livros em outras cidades de Sergipe.

Muitos diziam que o meu trabalho era diversão ou hobby. Como podia ser hobby se eu tinha que planejar, pesquisar  e  estudar coisas novas  para me apresentar de maneira dinâmica e atrativa? Se tinha que sair atrás de patrocínio porque não tinha recursos para financiar minhas publicações? Já recebi muitos “nãos” quando pedia patrocínio e às vezes uns “nãos” bem humilhantes.Graças a Deus sempre fui persistente e no final tudo acabava dando certo. 

Desde que comecei fui bem recebida pelos colégios aracajuanos para  desenvolver minhas atividades de escritora infantil e contadora de histórias. Certa ocasião eu fui contratada pela Funcaju para ser Mamãe Noel contadora de histórias por 10 dias no Calçadão de Aracaju. Contava 20 histórias por dia e cheguei a perder a voz. Se fosse brincadeira ou hobby eu iria por dez dias a ponto de perder a voz? Fui porque esta era minha oportunidade de divulgar meu nome, ganhar uma boa remuneração e mostrar para os parentes e amigos que minha atividade tinha valor. Perdi a voz, mas valeu a pena.

Quanto vale o trabalho de um escritor infantil ou de outro gênero? Quanto vale o processo de idas e vindas as gráficas? Quanto vale a espera de 1 ou 2 horas para ser recebido nas escolas para fazer divulgação? Quanto custa pegar ônibus ou andar a pé e correr o risco de assaltos e assédios? Quanto custaria isso tudo? Dizer que é hobby é um descaso com o nosso talento, e como qualquer trabalhador merecemos bônus e reconhecimento.

Escrever e publicar não é fácil, requer, como toda profissão, investimentos materiais e mentais. Apesar de todos os esforços muitos escritores não conseguem a sonhada independência financeira, como também acontece em várias outras profissões. Cito o exemplo de minha avó paterna, ela ajudava meu avô nas atividades do armazém e fazia cocada para ter um dinheiro extra e infelizmente só conseguiu se aposentar com metade do salário mínimo pelo Funrural.

Minha avó trabalhou muito e infelizmente não conseguiu viver uma velhice com conforto e tranquilidade. Assim acontece com muitos, mas é preciso que sigamos com os nossos sonhos, senão morremos de tédio e depressão.

E para não morrer de tédio e depressão continuo escrevendo e contando histórias para estimular a leitura, poder levar boas mensagens e incentivar o mundo da imaginação que existe dentro de cada um de nós.

Viva o Dia Nacional do Livro Infantil e todos os escritores de Sergipe e do nosso Brasil!

Telma costa- 18 de abril de 2021

Amigas contadoras de Histórias Adilma Pinto e Nailde Santana


18 de abril - Dia Nacional do Livro Infantil é a data escolhida para celebrar a literatura infantil nacional. Isso porque, nesse dia, em 1882, nascia o escritor Monteiro Lobato, considerado o pai da literatura infantil brasileira. Portanto, é uma data que celebra esse tipo de literatura e homenageia esse escritor. Fonte: Brasil Escola

Ps- Significado de Hobby

Substantivo masculino- Atividade feita por lazer, distração, prazer, divertimento e não por obrigação; passatempo favorito: o xadrez era seu hobby favorito!Etimologia (origem da palavra hobby). A palavra hobby deriva do inglês "hobby", e tem o sentido de passatempo.

Fonte_ Dicionário online

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

Nossa casa que tinha teto, boa fartura e era assombrada.

Esta é a casa em que eu e meus irmãos nascemos, que fica situada no Bairro Alagoas em Estancia Sergipe. O Bairro Alagoas hoje é populoso, mas quando eu era criança a maior parte era de sítios e foi meu pai que levou o progresso para o Bairro loteando o sitio dele e os vizinhos fizeram o mesmo.

Mas o mais interessante dessa foto é ver o estado da casa que eu vivi até os meus doze anos e pensar o porquê que meu pai era conhecido como uma pessoa rica. Um rico iria morar numa casa dessas com quatros filhos, esposa, avó e avô paternos, duas tias e afilhadas que moravam conosco? Ou a riqueza de 40 anos atrás era considerada diferente de hoje onde as pessoas ostentam carros e mansões?

Naquela época meu pai conhecido como sr Domingos dos Cocos ou Domingos de Birrola, tinha duas caçambas, um caminhão e uma rural , todos os veículos eram usados para o trabalho, para gerar riquezas.

A riqueza da época era ter posses de terras. Você podia morar numa casa como esta , mas se tinha mais de cem tarefas você já era considerado rico.

Esta nossa casa era mal-assombrada, tinha espíritos que nos cutucava a noite e às vezes jogavam pedras no telhado. Benzadeiros e umbandeiros iam sempre lá fazer a limpeza dos maus espíritos. Era um terror viver com os seres invisíveis. Mas tudo bem, eu acho que pior são os vivos, os mortos só queriam se comunicar e a gente que não entendia eles.

Vou fazer a descrição dos cômodos da nossa casa: do lado direito ficava o deposito de coco; na parte central, o escritório de meu pai que tinha um cofre enorme de ferro para guardar o salário dos empregados. Talvez esse cofre foi a origem da fama da riqueza de meu pai. Risos. Todos queriam saber o segredo desse cofre...

Depois do escritório ficava o quarto dos meus pais que tinha uma porta de acesso ao escritório. Depois vinha um quarto pequeno que ficava eu, Nena e Lico. Em seguida a cozinha e sala. Do lado esquerdo da foto era o quarto maior que ficava Tânia, Dita, Tia Selma, Gilda, Maria Jose e os parentes que chegavam( depois dos 10 anos fui dormir nesse quarto, era o mais divertido). O pior de tudo era que os banheiros ficavam no quintal e a noite a gente tinha que fazer uso do penico. Bem diferente de hoje onde todos tem seus quartos e banheiros. Nem todos, infelizmente. 

Nesta época meus avós já tinham se separado, minha vó foi morar na casa de um irmão e meu avô com a outra companheira, eles se separaram quando eu tinha 3 anos e nem sei como era a dinâmica da casa na época deles. Só sei que nessa casa humilde cabia todos os parentes, vizinhos e afilhados. Essa era a maior riqueza de meu pai, agregar a todos. Nunca negou um prato de comida pra ninguém. Ai nessa casa simples tinha fartura de comida e de acolhimento.

Talvez esse estilo de meu pai acolher a todos foi porque ele perdeu a mãe com 9 anos e saiu de casa com 14 anos.  Só Deus sabe o que ele passou. Quantas noites de frios, de fome, de medo e quantas lágrimas ele chorou.

O que sei é que ele morou em Salvador, Minas Gerais, São Paulo, Santos, Rio de Janeiro e que nessas andanças ele foi acolhido por muitos e nas suas adversidades ele prometeu que sempre iria ajudar o próximo e acolher a todos que faziam parte da sua vida. Claro que neste caminhar ele teve seus deslizes, suas falhas, quedas e derrotas. Mas aí já é outra história porque a desse texto é sobre esta nossa casa tão pobre e que o seu dono era considerado tão rico.

Talvez fosse rico mesmo, pois, o melhor dessa nossa casa era o fundo onde ficava o sitio que tinha goiabeiras, mangas rosas e espadas, laranjeiras, coqueiros, jaca mole e dura, graviolas, jenipapos, milharal, bananeiras, cafezal , plantas e flores.  Essa era a nossa maior riqueza:  viver e brincar no meio da natureza e das suas farturas.

Assim registro a minha saudade da nossa casa que tinha teto, boa fartura e era assombrada...