quarta-feira, 14 de setembro de 2022

Azul Melancólico, Azul da Morte.

 Azul Melancólico, Azul da Morte.

O Excêntrico Barba Azul!
Quem conta um conto, aumenta um ponto...

" O azul é uma cor fascinante que nos transporta ao infinito, e também ao estado melancólico, quando o céu muda do azul claro para o azul escuro que anuncia a tempestade."
Assim era o azul da barba de um certo cavalheiro, que morava num castelo no meio da floresta. A sua barba era longa e de um azul escuro, frio, que metia medo em quem ficava perto dele. Seus olhos também eram azuis escuros e talvez essa combinação trazia para o imaginário coletivo a presença de um ser misterioso. Minha mãe o chamava de " O Excêntrico Senhor Barba Azul".
Poucos se aproximavam dele e assim pouco se sabia sobre ele. Mas certo dia, recebemos um convite para conhecer o seu castelo, e assim fomos. Eu, minhas duas irmãs e nossa mãe... Fomos tratadas como princesas em meio a tantas riquezas e gentilezas.
Minha mãe ficou encantada, minhas irmãs também, mas disseram que sentiram um arrepio esquisito quando estavam no castelo.
Mas eu, jovem, impulsiva, influenciada por minha mãe, correspondi ao seu olhar.
Um arrepio atravessou meu coração quando fui pedida em casamento; mas aceitei, era o meu primeiro desafio para uma nova vida, longe dos familiares e com a ostentação de ser a esposa do Excêntrico Senhor Barba Azul.
No começo foi tudo lindo, com os dias de primavera com flores coloridas, e o verão em seguida, com o desejo forte da luz do sol. Depois, veio um forte inverno e o meu excêntrico esposo precisou viajar. Eu fiquei responsável pelo castelo com 200 cômodos e 100 empregados. Minhas irmãs vieram me fazer companhia e juntas nos divertimos visitando e conhecendo os segredos do castelo.
 Dentro de uma minúscula gaveta do último cômodo que visitamos, tinha uma chave pequena e no mesmo cômodo um quarto pequeno que deveria nos levar para um possível lugar secreto.
Curiosas, abrimos a pequena porta e nos deparamos com a pior cena da psiquê humana.
Neste pequeno canto do grande castelo haviam ossos, corações e cabelos de mulheres. Nos abraçamos e choramos. No mesmo instante, o cavalheiro das trevas chegou da sua viagem invernal.
Percebendo que seu segredo fora descoberto, nos ameaçou de morte.
O azul que tanto me fascinou se desvenda em tempestade, com raios mortais. Assim, na pulsão da vida e da morte lutamos como guerreiras e vencemos numa luta descomunal, movidas pelo instinto selvagem de todas as mulheres que ali jaziam.
Arrancamos a barba azul, enterramos seu corpo e fizemos a oração do perdão. Fechamos a porta daquele quarto nefasto, enterramos a sua chave e voltamos para nossa casa, para nossa ancestralidade, levando ouro e o nosso segredo do excêntrico castelo e do seu dono, o meu falecido Barba Azul.
Dizem que por falta do seu dono as empregadas do castelo abriram as portas para os que se perdiam na floresta nas noites de tempestade. Assim contam... E a barba azul nunca foi encontrada. Assim eu conto.

Por Telma Costa - Setembro de 2022
Revisão: Suyane Costa
Adaptação do "Barba Azul " do livro Mulheres que correm com os lobos de Clarissa Pinkola Estés
Um exercício feito para o Grupo de Estudos da ASCH
Profª responsável: Dr Rosa Corumba - Psicóloga e membro da ASCH ( Academia Sergipana dos Contadores de Histórias)

domingo, 11 de setembro de 2022

Mundo dos Sonhos

Mundo dos Sonhos
Acordei angustiada do mundo dos sonhos, e fechei os olhos para recordá-lo.
Eu estava com o portão aberto esperando por alguém que iria entrar, meu cão max escapou e eu gritei: max, max!
De repente, um monte de gente passa em frente a casa, o portão já não era o mesmo e eu gritava: 

" gente, eu dou R$500,00 para quem for pegar max, o meu cão".
Todos balançaram a cabeça que não. Aí pensei, max vale mais que mil reais.
A procissão do povo aumentava, parecia uma peregrinação, o lugar era outro.
E eu comecei a perguntar a quem passava: por favor, alguém viu um cão preto de porte pequeno? 
Alguém respondeu: senhora, lá na frente tem dois jacarés de barriga cheia, talvez engoliram seu cão.
Eu comecei a gritar e chorar, encontrei um ex empregado do meu pai, minha amiga Beth com seu filho Helon e Iraci, mas não falaram comigo.
Falei para mim mesma: Telma, se conforme, max morreu! 
E assim, acordei angustiada.
Ps. Amo o mundo dos sonhos e quando posso recordar e anotar.
01/08/22 - de madrugada

Revisão: Suyane Costa


sábado, 10 de setembro de 2022

Realidade do dia a dia

 

Na hora do almoço, uma mosca caiu em cima da abóbora no meu prato com feijão. 

Retirei ela e a verdura contaminada, envolvida no seu prazer a mosca agonizava.
Eu, movida pela caridade, joguei-a no chão para que morresse longe do meu olhar.
Como diz o ditado popular: " Longe dos olhos, longe do coração."

Revisão- Suyane Costa




Projeto: ASCH no GACC

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Confreira Cristiane Menezes e a ASCH abraçando o Projeto Aprender Brincando
Confreira Luciana Celi em Zé do Conto levando muita magia e encanto!

Presidente ASCH Confreira Claudia Stock e confreira Adima Pinto

     Contação de Historias no Projeto ASCH no GACC no Espaço Aprender Brincando!
                                       Com as confreiras Tania Gois e Marcia
                                 Como diz o dito popular: Juntos somos mais forte!!!
        Grata a ASCH e ao GACC pela oportunidade de levar belas mensagens
                                 através da arte de contar histórias! 
 

Rainha Elisabth e as lutas que cada um carrega

 

Rainha Elizabeth e as lutas que cada um carrega

Hoje de tardezinha estava cochilando, quando de repente, ouço uma música em inglês, e me bate um vazio pela rainha Elizabeth em razão de toda a sua luta.

Em seguida, penso no escritor Carlos Tadeu e as lutas que carregou, ficando surdo com 18 anos de idade, enfrentou dores, depressão e mesmo assim se tornou um grande escritor e jornalista em Sergipe; falecendo aos 79 anos.

Pensei em meu pai, que morreu aos 92 anos, ficou órfão com 9 anos,saiu de casa com 14 anos, batalhou muito, se tornou empresario, falindo por 4 vezes, mas nunca desistiu. Depois, lembro do meu avô paterno que faleceu com 97 anos, vivendo um ano a mais que a Rainha Elizabeth, foi tropeiro,,quase perdeu a mão esperando o grupo de Lampiao, ficou viúvo novo com 9 filhos pequenos para criar, imagino suas lutas e angustias; minha avó, madrasta de meu pai, que faleceu com 72 anos, ajudou meu avô a criar os filhos e era estéril, imagino sua tristeza! Meu irmão que morreu com 41 e por conta do problema cardíaco, depressão não conseguiu a vida que almejava; uma prima que partiu com 15 anos e tanto sonhos ainda para realizar; um irmão que morreu durante o parto, que não teve nem o direito de nascer, que fez meu pai chorar como se tivesse vivido com ele por mais de vinte anos… E a nossa citada rainha que entregou sua vida em nome da sua missão na realeza? Apesar de ser muito elogiada, com certeza, teve também seus momentos de tristezas e medos.

Será que o tempo de vida realmente importa?

 Geralmente encaramos a vida como se fosse eterna, e esquecemos que a tão indesejada morte está a nos espreitar a todo momento.

Sendo assim, vamos fazer o nosso melhor e entender que a vida passa, e a morte também! 

E como nos fala o livro de Apocalipse 14:13:

"Então ouvi uma voz dos céus, dizendo:  Escreva: Felizes os mortos que morrem no Senhor de agora em diante.

Diz o Espírito: Sim, eles descansarão das suas fadigas, pois as suas obras os seguirão.”

Assim seja!

09/08/2022

Revisão: Suyane Costa