Ontem à meia noite abri a janela da sala e fui olhar a chuva e naquele momento me deu uma saudade imensa do meu falecido irmão. Uma saudade de doer a alma. Uma lágrima rolou e naquele instante lembrei da nossa última festa dos festejos juninos , quando fomos para o Asilo Santo Antônio, depois para o Lunares e para a Praça assistir o show de Fábio de Estância. Na volta fomos a pé até o Bairro Alagoas e eu gritando com medo dos busca-pés e ele rindo e me dando bronca sobre os meus medos dos fogos, pitu, espada e busca-pés.
Fiquei muito triste por este momento complexo que todos estamos vivenciando. Então rezei para que Deus nos dê força e que os cientistas tenham mentes brilhantes para a descoberta da vacina.
Não consegui orar pelos políticos. Não consegui mesmo. Acho que o demônio já tomou conta do coração deles. Deus me perdoe!
Fico olhando o povo fazendo festas e dançando. Não tenho animo espiritual para isso.
Depois do falecimento do meu irmão só consegui dançar dois anos depois e no momento lúdico da apresentação da Casa do zé no Encontro dos contadores de histórias. Foi uma catarse aquele momento e até falei para o cantor Ítalo e ele ficou feliz por saber desse meu sentimento.
Talvez até acenderia uma fogueira para homenagear o santo São João e para assar milhos. Poderia contar histórias familiares e fictícia. Como se fosse um velório de antigamente. Como foi o velório do meu avô materno no povoado Lagoas da Esperas em Ribeirópolis. Na época eu tinha 13 anos e só foram os mais velhos. Tânia minha irmã mais velha foi e chegou contando como foi a noite de velação, que teve fogueira, cachaça, carne assada e muitas histórias sobre as peripécias do meu avô que era dado ao alcoolismo.
Dança não teve. A dança precisa de sentimento de alegria, de euforia. Talvez a dança possa vim como uma catarse , quem sabe. Mas, por enquanto minha alma não consegue se preparar para qualquer ritmo de alegria e festejos juninos.
Mas como diz minha mãe, cada um é cada um e cada qual é que sabe de sua vida e de seus sentimentos. Assim seja!
O meu melhor conselho e ensinamento é: Use máscara e só saia de casa se realmente for preciso, assim a gente se cuida e cuida do outro também.
Paz e saúde para todos e um bom São João de acordo com o seu coração!
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