terça-feira, 23 de junho de 2020

Histórias de Max:meu cão nervoso, possessivo e esquizofrênico!



Eu, Telma Costa, dona de um cão chamado Max que veio para minha casa não por amor ao mundo animal, mas simplesmente por amor ao meu filho e para alegrar seu coração.

Essa história começou em 2004 com a mudança da família de um pequeno apartamento para uma casa, também em condomínio fechado, com a diferença que tem três quartos, dois banheiros, varanda e espaço para crescer conforme o gosto e a necessidade de cada morador.

Quanto a mudança, eu não cheguei a avaliar o quanto podia mexer com os sentimentos dos meus filhos, apenas cinco minutos de separação de um condomínio para o outro, pudesse trazer mudanças de vida e amizades.

Muda-se de rua, muda-se de amigos, muda o emprego e também os colegas e assim segue com outras situações de mudanças. Talvez por isso a maioria das pessoas resistam as mudanças, pois mudar como nos orienta o dicionário é: Transformar, alterar, renovar. Renovar e alterar mudanças de vida realmente é assustador para muita gente, por isso casamentos conflituosos resistem por muitos anos, por que implicaria em fazer algo de outro modo e ter que outras maneiras de convivência.

E voltando ao meu cão Max, ele chegou por impulso da mudança quando prometi a meu filho que lhe daria um hamster, pois era mais fácil de lidar do que um gato, ou um cão. Durante um mês fomos toda semana a uma loja situada no centro de Aracaju, onde vendia hamster e cães. E toda vez que lá chegava o dono dizia que o hamster estava em falta, meu filho começou a pensar e falar que eu estava combinada com o vendedor para enganá-lo e como eu não queria que eu filho com apenas 8 anos achassem isso de mim, disse pra ele que se não tivesse o rato ele podia escolher outro bicho que gostasse.

E na quarta semana de ida e vindas o responsável nos mostrou um cãozinho pretinho que estava dentro de uma gaiola, triste e desconsolado. O vendedor capacitado para saber conquistar clientes tratou logo de tirá-lo da gaiola, quando o cão livre como pássaro saiu da sua prisão começou a fazer festa com a gente.

Então perguntei a meu filho se gostou dele e se o queria no lugar do ratinho e ele respondeu que sim, pois Max era realmente uma gracinha. A princípio meu marido ficou resistente, mas para fazer feliz nosso filho, ele aceitou. Naquele mesmo dia eu precisava passar nas Lojas americanas e como a loja estava cheia e a fila longa, comecei a pensar na compra do cão, e então, naquele instante lembrei que ele era um ser vivo, que era preciso cuidados, lembrei que fazia coco, xixi, que precisaria de alimentos. Será que teria que dá mamadeira? Ele só tinha um mês. E se ficasse doente, como iria tratá-lo? Levar para o veterinário, ia ser um dinheirão. E também teria que passear com ele e outra coisas necessárias. Minha cabeça começou a doer e eu comecei a chorar. Tive uma crise de choro no meio da fila e as pessoas começaram a se preocupar e quiseram me consolar, foi quando eu contei o que estava se passando e todos começaram a achar graça e me conformaram citando todas as vantagens de se ter uma animal como amigo e a lembrar também da felicidade do meu filho. E assim fui pra casa conformada com o que já tinha feito, seja por impulso ou por amor, o primeiro passo foi dado e eu não podia decepcionar meu filho.

Bom, a princípio foi muito difícil, eu não sabia como lidar, a noite ele chorava muito e meu marido não deixava trazê-lo para dentro de casa, a responsabilidade ficou por minha conta e de Vinicius quando chegava da escola.

Meu pai ficou enciumado e também preocupado e ligou pra mim:- Minha filha, como você pega um cão para criar? Você sabe o que significa um cão? Doença pra dentro de casa. Já ouviu falar de uma doença chamada calazar? E meu pai foi falando, falando e me deixando em pânico.

Mas eu não tinha mais o que fazer, tem coisas que não podemos voltar atrás e para completar na segunda semana Max ficou doente e foi gasto duzentos reais, só pra contrariar meu marido e ouvi mais conversas de meu pai.

Ah, estava esquecendo de falar sobre a escolha do nome, que pedi a meu filho que fosse Max, por conta do primeiro cão da minha irmã mais nova, do qual fiz uma pequena maldade e como arrependimento quis homenageá-lo por conta disso. Tem coisas que a gente faz por impulso ou por uma zanga e que ficam guardados até o dia que o coração é tocado para o ato do arrependimento. E assim o cachorrinho de minha irmã foi homenageado, mas a alma de um se apresentou ao contrário do outro. Enquanto o cão de minha irmã era dócil o nosso Max logo que começou a ficou forte apresentou sinais de nervosismo e logo no sexto mês de vida brincando com meu filho, deu-lhe uma senhora mordida, que precisou de vacina antitetânica.

EU disse-lhe que ia dá, que ele era agressivo, e que não queria mais em minha casa. Meu filho chorou e disse que Max era dele e que não era justo, que foi ele que foi mordido e já tinha perdoado o agressor. Mas uma vez compreendi meu filho e achei bonito o gesto dele. Não é fácil perdoar quando somos vitimados. Mas ele nunca deixou de passear com Max e nem de dá assistência e nem de brincar. Um gesto muito nobre de meu filho, de grande responsabilidade.

E muitos que frequentaram minha casa foram vítimas de Max, só minha mãe e meu irmão Lico que ele nunca tentou morder.

Certa manhã, bem cedo, antes de minha filha ir para faculdade eu ouvir os gritos dela e o barulho de objetos sendo rumados em Max, me levantei e o defendi e ela disse que ele era ousado por minha causa.

E assim Max foi causando vários atritos, na família e também no condomínio, onde na época todos ficaram sabendo que ele era metido a valente.

As crianças o achava lindo e queriam tocá-lo e eu tinha que avisar que ele era zangado e podia morder do nada, que não gostava muito de carinho, pois tinha ficado, quando pequeno preso numa gaiola por um mês e que a noite ficava sozinho na loja, sem ninguém e por isso ele desenvolveu desconfiança, medos e tinha que saber se defender e por isso ele atacava.

Texto publicado no Facebook 


__________________________________________________

Tal pai, Tal filho

Certa vez mandei minha irmã falar para meu pai que se Max fosse seu filho, realmente eles seriam da Banda “Tal Pai, Tal Filho”

Meu pai teve um acidente com queimadura de 1,2 e 3 grau, ficou três meses internado na Santa casa no Rio de Janeiro e escapou.

Max foi envenenado e ficou o dia todo internado, e escapou.

Meu pai teve um acidente de carro e escapou por milagre.

Max teve uma hemorragia dentaria e o veterinário disse que escapou por milagre.

Meu pai com 70 anos voo da moto e escapou sem sequelas.

Max teve uma hemorragia devido ao CA e escapou.

Meu pai teve pneumonia aos 82 anos, ficou 30 dias internado, morre, mas não morre. E ESCAPOU.

Teria filho mais idêntico a meu pai?

Se fosse filho de meu pai com certeza já tinha copiado a sua melhor frase:

“Tudo é do comando de Deus, e cada um tem seu tempo e sua hora”

Amém!

Para o face 2016

Ps- Meu pai faleceu em maio de 2019 e Max em agosto de 2019.

---------------------------------------------------------------------------------


Já vai completar quatros meses que Max foi considerado com o pé na cova, mas ele não ficou sabendo. E no meio dessa história minha mãe manda lhe dizer que está orando por sua cura, mas eu não disse...E assim Max continua sua vida sem saber que muitos mandaram que eu fizesse logo a eutanásia para que ele não sofresse... E ainda no meio desse tempo Max foi atacado pelo Pitbull, ficou ferido, mas não traumatizado.

E na minha reflexão acredito que ficar isento de certas verdades nos livra dos pensamentos negativos e de certos dissabores...

Amém!


Ano:2017

PS: algumas vezes eu mesma cheguei a pensar na eutanásia, mas meu filho, meu marido e dr Edmilson eram completamente contra. 
A eutanásia foi feita dois anos depois e não por conta do câncer e sim porque ele estava com o verme no coração que lhe causou uma séria falta de ar.
Eu assisti a eutanásia de Max com a médica da Pio X e seus assistentes, e  foi um momento triste e bonito igual a morte de meu pai que teve o meu carinho até o seu último momento.

Junho de 2020


______________________________________________________

Ele é assim mesmo 


Max é esquizofrênico, nervoso e traiçoeiro, já fez um monte de vítimas, aqui em minha casa,no condomínio e até em Estância. Max é famoso, é tipo um caso perdido, se fosse gente já tinha entrado e saído dos abrigos e cadeias da vida por várias vezes, ele seria do tipo encrenqueiro e valentão.

Max está completando 12 anos de idade e já está apresentando os sinais da velhice. No ano passado ele perdeu quatro dentes, esse ano apresentou problemas no fígado e está cheio de artrose e artrite. Essa semana, eu e Vinicius ficamos de meia noite até quase duas da madrugada na Clínica Pio X, pois ele estava se movimentando todo torto. No sábado, eu e Vinicius ficamos quase três horas na Prontovet, onde ele fez vários exames e depois foi meu marido que quase ficou torto com a conta que foi paga, risos.

Anteontem, ele estava do meu lado e Vinicius foi sentar-se também do meu lado e Max partiu pra cima dele e graças a Deus Vinicius foi rápido e livrou-se de um pequeno sofrimento.

Um pouco zangado Vinicius fala: Já está bom, em Max? Safado! Fiquei com você o tempo todo e agora quer me morder em?

E Max continuava rosnando...

Falei pra meu filho: Deixe pra lá Vinicius, você sabe que ele é assim e além do mais não esqueça que ele é um animal.

Passado esse momento fiquei a refletir: será que o ser humano também é assim? Será que é difícil mudarmos a nossa natureza, o nosso comportamento? Será que um traidor muda sua conduta? Um fofoqueiro deixa de fofocar na velhice? Um político corrupto se regenera com o tempo? Uma vez ladrão sempre ladrão? Será que é confiável deixar um ex-presidiário viciado em drogas e mazelas da vida andar com nossos filhos?

Ou será que o dito popular é que tem veracidade “pau que nasce torto nunca se endireita”. E para não ser julgada de pessimista cito um excelente conselho bíblico: “Sede, pois, prudentes como as serpentes, mas simples como as pombas.”

E eu, como dona de Max concluo esse texto com uma grande advertência:

Cuidado! Meu cão Max não é confiável!

Para o face em 19/10/2016 


_________________________________________________


Dezesseis dias de cuidados com Max e já estou hiper...super, mega cansada...

E hiper cansada comecei a pensar na boa vida de alguns animais...

Há trinta anos atrás a minha vó Julia tinha um gato, um cão, um papagaio e periquito, cuidava muito bem de todos, mas naquela época os animais não sabiam que podiam ser tratados como gente e hoje eles sabem...E antes era tudo mais fácil...Cachorro era cachorro e gente era gente.

Acredito que algum defensor dos animais incutiu na mente deles que eles eram filhos de Deus e assim deveriam ser tratados como tal. Espertos esses animais quando acreditaram que mereciam o melhor.

O ruim seria se lhes tivessem induzidos a pensarem como ratos. Coitados! Ao invés de estarem em caminhas, colchonetes, tendo bolos e festas, eles estariam sendo as cobaias preferidas dos laboratórios. Isso mesmo, pensar como rato vira rato e quem pensa que é melhor do que um rato com certeza será tratado como tal, assim nos ensina a filosofia do pensamento positivo e do Sucesso “Se você pensa que é um derrotado, você será derrotado.”

Para acrescentar a minha reflexão, nós humanos, podíamos seguir esse maravilhoso ensinamento valorizando a nossa vida e não deixarmos sermos tratados como os Ratos.

Acredito que os políticos pensam que somos ratos...




______________________________________________________

Certa ocasião a minha diarista comentou: “repara, se Max fosse gente ia está todo debilitado, triste e depressivo por saber que tem tanta doença, mas como é animal e não sabe o que está acontecendo, ele fica feliz do mesmo jeito.”

Sábia observação!

Para o Facebook /2017


Nenhum comentário:

Postar um comentário