segunda-feira, 11 de maio de 2020

FALTA DE AMOR TAMBÉM MATA


Uma viúva dedicava-se totalmente ao bem-estar de seus filhos, que eram muitos. Eles, porém, tratavam-na com indiferença.
Por falta de amor ela definhava dia a dia. Por fim, não resistindo mais, acamou-se gravemente enferma. Compadecidos, seus filhos cercaram-na de todo carinho.
-Fostes tão boa para conosco.
E a velha, chorando, sensibilizada:
- Meus filhos, por que não me disseram isso antes? Agora já estou morrendo. Agora já não adianta mais. Estou morrendo à míngua de amor…
O fato realmente ocorreu, não se pode precisar nomes e detalhes.
A gratidão é uma característica do ser humano espiritualizado. A mãe dá sempre o melhor de si e merece o nosso reconhecimento. Morre-se, também, por falta de amor.
Não só a mãe dedicada pode morrer pela indiferença de seus filhos, como muitos outros.
Conheci aqui uma mocinha órfã, marginalizada- a tristeza em pessoa. Ela se queixava tanto do desprezo e desamor que a sociedade lhe dava, só porque nasceu pobre, perdera a mãe muito cedo e não sabia, não tinha jeito para bajular ninguém.
Uns são mais espertos, sabem fingir e “agradar”; outros não sabem, mas nem por isso merecem menos consideração e amor que os primeiros.
Questão de temperamento, apenas.
O certo é que a joaninha foi embora, tudo aqui lhe negaram, amor, emprego, compreensão, ela que, no fundo, tinha tanto amor e talento para dar…
É triste, deveras. O mundo está em ruína moral, decaindo em espírito, justamente por falta de amor, de mais sinceridade no ser e viver o
cristianismo que Ele pregou. Poucos se interessam em saber COMO VAI TEU IRMÃO, estando felizes da vida e bem favorecidas da sorte…
(1974)
Livro: A Vida é um Tremendo Mistério Ano:2010
Crônicas de Carlos Tadeu (Daniel Reis)


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