terça-feira, 12 de maio de 2020

RECORDANDO SANTOS DUMONT


Há um fato curioso na vida e no invento de Alberto Santos Dumont, brasileiro genial que inventou e construiu o primeiro avião, ele próprio servindo de piloto e “cobaia”.
Ainda muito jovem, Santos Dumont sonhou voar. Um sonho fantástico, para o seu tempo e na sua cidade. Como o Brasil era ainda um país muito atrasado – no tempo do Imperador Pedro II- ele se mandou para a França e foi na agitada Paris que fez suas primeiras experiências, coroadas de sucessos, por fim.
Logo o AVIÃO ganhou o mundo e o invento do brasileiro baixinho, “raquítico”- de físico frágil e miúdo- e foi sendo aperfeiçoado e usado na
guerra, para matar e destruir e não só para a paz e o sucesso, como idealizou Santos Dumont.
É aí onde entra o sentido de nossa crônica. A deturpação dos valores, o avião foi inventado e construído para fins elevados e construtivos- ideais sadios- encurtar distâncias, transportar alimentos e doentes de regiões inóspitas, enfim, ajudar o homem na sua escalada para o bem.
Mas, o homem deturpa as coisas e passou a usar o avião para MATAR, nas guerras mais estúpidas e violentas.
Já velho e desiludido de tudo, Santos Dumont escutava os rádios ou lia as manchetes dos jornais: AVIÃO ALEMÃO bombardeia tal cidade e destrói tudo, matando centenas de inocentes…
Essas notícias se sucediam e o grande pioneiro, já velhinho, começava a ficar muito desgostoso com o seu invento:
_ Então é isso? Foi para isso que eu inventei o avião? Para matar, destruir, piorar mais esse mundo horrível???
Triste acabrunhado, ele não resistiu às novas notícias de guerra, os tremendos bombardeios de Hitler, e se suicidou!!!
(Set. 1990)
Livro: A Vida é um Tremendo Mistério Ano:2010
Crônicas de Carlos Tadeu (Daniel Reis)

Nenhum comentário:

Postar um comentário