Há
um segredo e um mistério em qualquer continuidade. O mundo está
cheio de iniciativas brilhantes que tiveram tudo, menos continuidade.
Por isso, fracassaram. Saber continuar é como viver.
Passar por cima
de todas as cargas negativas, o lado sombrio, as incompreensões e
até mesmo as derrotas e cansaços; e, permanentemente,
continuadamente, prosseguir na meta, insistir no objetivo, buscando
sempre o aperfeiçoamento de cada nova realização.
Todos
começam bem, mas prosseguir é que é difícil.
O
festival Estanciano da Canção não teve continuidade, por isso
fracassou. Está na hora de nos somarmos. O FEC é bom e vale a pena.
Vamos ressuscitá-lo?
A meta Abaís, que já falamos tanto, não deve ficar só no ôba
ôba, com todo seu processo de crescimento. Há um plano de
urbanização sonhado por Bedóia, que inclui até cinema, igreja,
praça urbanizadas e terminal turístico. Precisa de continuidade.
A
Lira Carlos Gomes e a Biblioteca Monsenhor Silveira são exemplos de
continuidade. Por pouco elas não morreram, afundaram de vez. Mas, há
um certo esforço e vontade para continuar a meta e insistir nos
mistérios da continuidade.
Sem
idealismo puro nada se faz. Trabalhar somente por dinheiro, visando
cargos, posições ou vantagens, é “pobre”.
O
milagre da continuidade é dom de Deus. É preciso crer em alguma
coisa. Crer que, apesar de tudo, ainda existem pessoas capazes de
fazer algo por sua terra, dar algo de si mesmo sem esperar
recompensa, no verdadeiro mistério da continuidade.
(1992)
Daniel
Fernandes Reis- pseudônimo jornalístico
e literário
Carlos
Tadeu
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