quinta-feira, 7 de maio de 2020

O mistério da continuidade



Há um segredo e um mistério em qualquer continuidade. O mundo está cheio de iniciativas brilhantes que tiveram tudo, menos continuidade. Por isso, fracassaram. Saber continuar é como viver.
Passar por cima de todas as cargas negativas, o lado sombrio, as incompreensões e até mesmo as derrotas e cansaços; e, permanentemente, continuadamente, prosseguir na meta, insistir no objetivo, buscando sempre o aperfeiçoamento de cada nova realização.

Todos começam bem, mas prosseguir é que é difícil.
O festival Estanciano da Canção não teve continuidade, por isso fracassou. Está na hora de nos somarmos. O FEC é bom e vale a pena. Vamos ressuscitá-lo?
A meta Abaís, que já falamos tanto, não deve ficar só no ôba ôba, com todo seu processo de crescimento. Há um plano de urbanização sonhado por Bedóia, que inclui até cinema, igreja, praça urbanizadas e terminal turístico. Precisa de continuidade.

A Lira Carlos Gomes e a Biblioteca Monsenhor Silveira são exemplos de continuidade. Por pouco elas não morreram, afundaram de vez. Mas, há um certo esforço e vontade para continuar a meta e insistir nos mistérios da continuidade.

Sem idealismo puro nada se faz. Trabalhar somente por dinheiro, visando cargos, posições ou vantagens, é “pobre”.

O milagre da continuidade é dom de Deus. É preciso crer em alguma coisa. Crer que, apesar de tudo, ainda existem pessoas capazes de fazer algo por sua terra, dar algo de si mesmo sem esperar recompensa, no verdadeiro mistério da continuidade.
                                              (1992)
Daniel Fernandes Reis- pseudônimo jornalístico e literário
Carlos Tadeu








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