LIVRO
CRÔNICAS DA VIDA- I
O
Litoral
Estanciano
É um passeio turístico que
vale a pena, um giro pela orla atlântica do nosso município,
chegando até Zé do Baião, pra conhecer seu famoso “harém”,
contornar o mar dos Abaís pela orla oceânica ate o “ Saco” e
depois entrar no caminho que dá para o Porto do Mato.
Foi o giro que fizemos com
alguns amigos, - Marilene e Lico, Gina e Júnior, além de Ana
Cristina, que tem muita vocação para repórter.
As praias estancianas estão
cada vez mais belas e apaixonantes.
Mesmo em dia de pouco sol e
poucos banhistas, numa quinta-feira, a beleza do mar aberto contagia.
Não tem dinheiro que pague um passeio pela orla marítima, com a
maré baixa, até o “ Saco”.
Nosso objetivo era
entrevistar Joana e o Pe. Leeb, figuras “internacionais”, que
tanto se interessaram por aquele recanto do nosso município. A obra
de Pe. Leeb extrapola toda a nossa previsão.
Infelizmente, eles tinham
viajado ao Rio, mas fomos bem recebidos pelo administrador do Centro
Social/Pastoral Esperança de Deus, Orlandro Kremp, alemão de
Friburgo.
O mais importante, de nosso
giro pelo litoral, foi ganhar o livro de padre Hubert Leeb, Isivaldo
não deve morrer. Lendo toda essa obra literária, você não pode
deixar de se comover e até mesmo deixar cair uma lágrima de emoção.
A luta desse sacerdote austríaco fora de série ( muitos não o
consideram padre, pela natureza de sua formação livre e dedicação
aos pobres, ou mesmo por andar muito com Joana, que a tem como
companheira e secretária, sem a qual ele não teria realizado nada).
Para se ter uma ideia do
trabalho do Pe. Leeb, basta dizer que ele percorreu parte da Europa
com Joana, e esteve na Organização das Nações Unidas, para
explicar sua obra e a necessidade de se ajudar os povos
subdesenvolvidos , que lutam com muitas dificuldades para
sobreviver..
Joana Batista Costa, que o
padre austríaco define como “uma mulata com forte dose de sangue
índio”, exerce papel de “boa samaritana”, valendo-se do seu
carisma para atrair recursos juntamente com o padre estrangeiro até
de organizações internacionais. O dinheiro chove e hoje a obra
social pastoral é conhecida em todo o mundo.
Muito bem impresso e
ilustrado, com fotos de Joana até na ONU, em Nova York, com o
missionário Hubert, o livro Isivaldo não deve morrer foi
impresso por uma editora Alemã, em alemão, vendido muito na Europa,
em favor das obras pastorais do Porto do Mato. Agora é que está
sendo conhecido no Brasil, em português, cujo lançamento oficial se
dará em maio.
O livro em foco descreve
a obra de um padre que veio para o Brasil tornar realidade o lema de
São Francisco, “ onde houver desespero que eu leve esperança”.
Com os olhos de um
estrangeiro, ele captou toda a miséria e alegria do país da mulata
pobre (Joana) e relatou o que viu nos países ricos.
Sua história conquistou e
comoveu o coração dos povos alemão e austríaco e, graças às
doações enviadas, os projetos assistenciais ao Porto do Mato onde
só havia miséria, puderam ser realizados.
(1989)
Daniel
Fernandes Reis- pseudônimo jornalístico
e literário
Carlos
Tadeu
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