domingo, 10 de maio de 2020

O Litoral Estanciano


LIVRO CRÔNICAS DA VIDA- I

O Litoral Estanciano

É um passeio turístico que vale a pena, um giro pela orla atlântica do nosso município, chegando até Zé do Baião, pra conhecer seu famoso “harém”, contornar o mar dos Abaís pela orla oceânica ate o “ Saco” e depois entrar no caminho que dá para o Porto do Mato.
Foi o giro que fizemos com alguns amigos, - Marilene e Lico, Gina e Júnior, além de Ana Cristina, que tem muita vocação para repórter.

As praias estancianas estão cada vez mais belas e apaixonantes.
Mesmo em dia de pouco sol e poucos banhistas, numa quinta-feira, a beleza do mar aberto contagia. Não tem dinheiro que pague um passeio pela orla marítima, com a maré baixa, até o “ Saco”.
Nosso objetivo era entrevistar Joana e o Pe. Leeb, figuras “internacionais”, que tanto se interessaram por aquele recanto do nosso município. A obra de Pe. Leeb extrapola toda a nossa previsão.

Infelizmente, eles tinham viajado ao Rio, mas fomos bem recebidos pelo administrador do Centro Social/Pastoral Esperança de Deus, Orlandro Kremp, alemão de Friburgo.
O mais importante, de nosso giro pelo litoral, foi ganhar o livro de padre Hubert Leeb, Isivaldo não deve morrer. Lendo toda essa obra literária, você não pode deixar de se comover e até mesmo deixar cair uma lágrima de emoção. A luta desse sacerdote austríaco fora de série ( muitos não o consideram padre, pela natureza de sua formação livre e dedicação aos pobres, ou mesmo por andar muito com Joana, que a tem como companheira e secretária, sem a qual ele não teria realizado nada).

Para se ter uma ideia do trabalho do Pe. Leeb, basta dizer que ele percorreu parte da Europa com Joana, e esteve na Organização das Nações Unidas, para explicar sua obra e a necessidade de se ajudar os povos subdesenvolvidos , que lutam com muitas dificuldades para sobreviver..
Joana Batista Costa, que o padre austríaco define como “uma mulata com forte dose de sangue índio”, exerce papel de “boa samaritana”, valendo-se do seu carisma para atrair recursos juntamente com o padre estrangeiro até de organizações internacionais. O dinheiro chove e hoje a obra social pastoral é conhecida em todo o mundo.

Muito bem impresso e ilustrado, com fotos de Joana até na ONU, em Nova York, com o missionário Hubert, o livro Isivaldo não deve morrer foi impresso por uma editora Alemã, em alemão, vendido muito na Europa, em favor das obras pastorais do Porto do Mato. Agora é que está sendo conhecido no Brasil, em português, cujo lançamento oficial se dará em maio.
O livro em foco descreve a obra de um padre que veio para o Brasil tornar realidade o lema de São Francisco, “ onde houver desespero que eu leve esperança”.
Com os olhos de um estrangeiro, ele captou toda a miséria e alegria do país da mulata pobre (Joana) e relatou o que viu nos países ricos.
Sua história conquistou e comoveu o coração dos povos alemão e austríaco e, graças às doações enviadas, os projetos assistenciais ao Porto do Mato onde só havia miséria, puderam ser realizados.
(1989)
Daniel Fernandes Reis- pseudônimo jornalístico e literário
Carlos Tadeu


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