terça-feira, 12 de maio de 2020

João Nascimento: O homem e o mito


Quem conheceu João Nascimento Filho na intimidade afirma, sem medo de errar, que ele foi um grande homem, sábio, culto, estudioso de nossa cultura, mestre da vida.

Seu forte foi a cultura. Sem pejorativos. Lia, pesquisava, sabia muito - “ um poço de sabença”, como dizia Jorge Amado, em tom de brincadeira e seriedade ao mesmo tempo.

João admirava Jorge, Jorge admirava João, ambos cultos, inteligentes, geniais, evoluídos.

Jorge lamentava o João, estanciano bairrista, coitado, tão preso à terra, apegado à província, enquanto o amigo voava, crescia com sua literatura rica, seus romances “quentes” de sexo, suor e lágrimas do povo.

João Nascimento Filho, foi um dos nossos maiores jornalistas, intelectual de peso, professor, poeta, poliglota…

Mas seu maior mérito foi como chefe de família, deixando uma família linda – bem estruturada- nada menos que quatro casais de filhos lutadores, todos inteligentes, cultos, modestos, sem ostentação e vaidades , como ele fora e deixara a própria vida, como exemplo.

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O sábio João N. F

Ele foi um gênio, um sábio,

sem exagero, mas com esmero,

um grande mestre da vida

e não sabia…

não se dava conta disso

não se preocupava com isso,

a fama e o sucesso não lhe abalaram

não lhe subiram à cabeça,

como aqueles homens tolos

(segundo Sidarta)

que se envaidecem tanto, por nada.

Mr. Nascimento Filho

o maior de todos os nossos escribas

o mais apurado cronista

e emérito jornalista

marcou também uma época

viveu bem uma fase épica

como poucos conterrâneos

fez história e foi história

na história da cultura estanciana.

Daniel Fernandes Reis- pseudônimo jornalístico Carlos Tadeu
LIVRO: CRÔNICAS DA VIDA- II








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